domingo, 30 de setembro de 2018

O QUINTO ENCONTRO DA FAMÍLIA GARBIN ACONTECERÁ EM DOIS VIZINHO PR



A coordenação preparou com todos os detalhes o  evento, que neste ano será realizado no Centro comunitário de Linha Fazenda mazurana Dois vizinhos Estado do Paraná. Estamos preparados para receber com carinho os descendentes de todas as famílias Garbin. O município de dois vizinhos estado do Paraná localiza-se na mesorregião do Sudoeste Paranaense e na microrregião de Francisco Beltrão  com 40.234  mil habitantes, povo acolhedor, trabalhador  e conta com estrutura para receber os familiares com todo carinho que merecem.
 Para as famílias que necessitam de alojamento  contamos com os hotéis de ótima qualidade disponíveis na cidade. O encontro vai acontecer no dia 25 de novembro de 2018.

                    Programação

08:00h – Recepção e café da manhã
10:00h – Celebração e Lançamento do Livro (Le Radize,   Família de Marco Antônio Garbin)
12:00h – Almoço servido no local
13:00h – Homenagens
14:00h – Bate papo e Dança

A presença deverá ser confirmada até o dia 10 de novembro de 2018

(46) 99924-9359 – Clovis A. Piva
(46) 99936-8847 – Mirian J. Alberton
(46) 99936-8843 – Neusa Alberton
(46) 99979-7902 – Vanessa G. Piva
(46) 99911-7004 – Adilson Pandolfi



sábado, 29 de setembro de 2018

Bandidos fortemente armados assaltam três agências bancárias no Rio Grande do Sul




Um assalto simultâneo a três agências bancárias aterrorizou a população de Paim Filho, no norte do Rio Grande do Sul, na manhã desta sexta-feira, dia 28. Conforme informações da Rádio Aliança, bandidos fortemente armados invadiram as agências do Banrisul, Sicredi e Cresol e houve disparos em via pública.

De acordo com relatos de populares, os bandidos fugiram em um carro, possivelmente um Siena, cor branca, em direção aos municípios de Maximiliano de Almeida, Machadinho e São João. 

O setor da segurança pública está em alerta para tentar capturar o bando. Dois suspeitos foram detidos em Maximiliano de Almeida, jogando miguelito sobre a rodovia. Possivelmente estavam dando suporte ao grupo de assaltantes. Um veículo também foi achado incendiando nas redondezas.


ostemais

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Tirar dinheiro da educação é investir mais tarde em cadeias


É só olhar os números da educação e os números dos presídios que vamos encontrar uma discrepância desesperadora. Segundo a central globo, enquanto o país investe mais de R$ 40 mil por ano em cada preso em um presídio federal, gasta uma média de R$ 15 mil com cada aluno do ensino superior.

Já na comparação entre detentos de presídios estaduais, onde está a maior parte da população carcerária, e alunos do ensino médio (nível de ensino a cargo dos governos estaduais), a distância é ainda maior: são gastos, em média, R$ 21 mil por ano com cada preso – nove vezes mais do que o gasto por aluno no ensino médio por ano, R$ 2,3 mil.

Para pesquisadores, tanto de segurança pública quanto de educação, o contraste de investimentos explicita dois problemas centrais na condução desses setores no país: o baixo valor investido na educação e a ineficiência do gasto com o sistema prisional. Isso só pode dar no tema de nossa coluna que tirar investimentos da educação, mais tarde vai ter que investir em cadeias.

Apenas considerando as matrículas atuais, o chamado investimento público direto por aluno no país deveria ser hoje, no mínimo, de 40% a 50% maior, aponta a Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

O que é mais grave, se considerarmos que a educação é o que abre as portas para os grandes líderes, empresários e governantes, todos passam pela educação. A violência não vem pela pobreza, vem pela desigualdade educacional. Por isso, um investimento maior no conjunto da educação estaremos formando mais e melhor o cidadão, e aí com certeza diminuiria muito os investimentos em presos e nas cadeias.

No entanto, em um país de governantes corruptos, é necessário que a verba chegue à escola e que seja mais bem aplicada. Melhorar a qualidade dos professores que hoje tem uma formação capenga, e sem dúvida escolher com mais cuidado a gestão dos recursos humanos que vão dirigir as escolas. Uma boa gestão pode criar uma escola motivadora. E um aluno que tem sucesso escolar raramente abandona a escola e está mais longe de ser preso.

Até a próxima.


oestemais por Jaime Folle

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

O Sebrae foi ao Supremo para tentar derrubar a criação da Agência Brasileira de Museus


O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) ingressou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a suspensão dos efeitos da MP (Medida Provisória) 850, que remanejou recursos da entidade para a criação da Abram (Agência Brasileira de Museus). O novo órgão federal terá como missão coordenar a reconstrução do Museu Nacional após um incêndio ter destruído as instalações históricas e boa parte do seu acervo.
Segundo o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, a relatoria do pedido já foi designada ao ministro do STF Gilmar Mendes. A entidade pediu que seja concedida uma liminar para suspender o remanejamento dos recursos, em um valor próximo a R$ 210 milhões, pois a MP tem vigência imediata.
“A MP provoca diminuição direta do atendimento a micro e pequenas empresas. Nós estamos estimando 330 mil atendimentos, imagine toda a Região Norte deixar de ser assistida”, afirmou Afif.
O temor da entidade é que, sem suspender os efeitos da medida, não seja possível depois correr atrás do prejuízo. “O dinheiro que vai não volta”, disse.
O presidente do Sebrae se encontrou na tarde de quarta-feira (12), com o presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Carlos Lamachia, que manifestou apoio da entidade à ação.
“A própria OAB já tem posição firmada em relação ao elevado volume de MPs. Não só este governo, mas uma sucessão de governos tem usado esse expediente”, afirmou Lamachia. “Todos nós estamos sensibilizados com o que aconteceu com o Museu Nacional. Precisamos efetivamente de investimento, mas não vejo as características necessárias para que se tivesse nesse momento uma MP. Também me causa certa estranheza, e é absolutamente compreensível a apreensão do Sebrae, pois a medida afeta o orçamento de uma entidade que está no curso de sua gestão”, acrescentou o presidente do Conselho Federal da OAB.
Lamachia também criticou a criação de mais um órgão na administração federal, pois avalia que o Estado já está “inchado”, e sugeriu que os recursos para bancar a estrutura da Abram sejam direcionados diretamente à conservação dos museus.
“Temos que pensar se já não temos órgãos suficientes que possam encaminhar isso”, disse.
A partir do mandado de segurança, Afif disse que o objetivo do Sebrae é discutir o tema com mais tranquilidade e com participação do Congresso Nacional. Segundo ele, do jeito que a MP foi pensada, não houve diálogo do governo com as entidades afetadas e ainda há “desvio de finalidade”.
A MP direcionou 6% dos recursos do Sebrae obtidos com a Cide para a nova agência de museus. Como a Cide é uma contribuição voltada para o domínio econômico, Afif argumentou que ela não pode financiar a atividade pretendida pelo governo com a criação da Abram.
“Agora temos que percorrer os escaninhos do Judiciário esperando uma liminar suspensiva”, disse o presidente do Sebrae.
osul

A proposta de liberar a caça a baleias teve a votação adiada em Florianópolis


A proposta de liberação da caça comercial das baleias, apresentada pelo Japão e considerada a mais aguardada da pauta do encontro da Comissão Baleeira Internacional, em Florianópolis (SC), teve a votação adiada para esta sexta-feira (14). A previsão inicial era que a proposição fosse apreciada nesta quinta (13). O evento na capital catarinense reúne representantes de mais de 80 países.
O Brasil faz parte do grupo contrário à proposta do Japão, que é defendida também por países de tradição baleeira como Islândia e Noruega. A caça comercial das baleias está proibida há 32 anos, mas o país asiático diz que é hora de revisar o regulamento e liberar a atividade.
Na manhã desta quinta, a Declaração de Florianópolis, que coloca os princípios básicos de proteção e reafirma a moratória de caça à baleia, teve 40 votos a favor, 27 contra e 4 abstenções. O documento propõe que os recursos da Comissão Internacional da Baleia sejam destinados inteiramente para a conservação, e não para a caça.
Entretanto, apesar da reafirmação da moratória, a proposta japonesa de retomar a caça ainda pode ser votada nesta sexta.
“A votação do retorno da caça a baleias deve ocorrer por sugestão do Japão, em outras convenções, com propostas divergentes, uma situação assim, em que já foi aprovado o contrário, a questão é tirada de pauta. Como se trata de um país como o Japão com ampla participação no evento e na questão pode ser submetido à votação. Na prática, não tem chance de ser aprovada”, explicou o diretor do Instituto Baleia Jubarte, José Truda Palazzo.
O governo brasileiro comemorou a aprovação da Declaração de Florianópolis. “Coloca os princípios básicos de proteção, reafirma a moratória de caça à baleia, coloca a questão da conservação como uma questão prioritária e, pela primeira vez em 20 anos, nós temos uma vitória expressiva. Então, estamos todos muito felizes”, afirmou o Secretário Nacional de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente José Pedro de Oliveira Costa.
Caça comercial
A proposta japonesa de liberar a caça incluiria a criação de um comitê de caça sustentável, que estabeleceria cotas para definir quanto cada país poderia capturar por ano.
“Existe emalhamento frequente de baleias em rede de pesca, colisões com grandes embarcações e a poluição dos mares. E a própria mudança climática vem fazendo com que haja outros impactos e somados esses impactos à caça da baleia novamente, poderia colocar a perder o que se ganhou de pouco nesses 32 anos de moratória”, declarou o diretor do Instituto Baleia Jubarte José Truda Palazzo.
Nenhum representante da delegação japonesa quis dar entrevista. O Japão precisa de 75 % dos votos da comissão para aprovar a caça.
Protestos
A possibilidade de que a caça de baleias seja liberada gera protestos desde segunda-feira (10) por parte de ambientalistas e ONGs internacionais que estão em Florianópolis para acompanhar as discussões.
Santuário
A proposta brasileira de criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul foi rejeitada em votação na terça (11). Entre os contrários estão Japão, Noruega e Islândia, países que defendem a caça de baleias para pesquisa.
A área destinada seria composta pelas águas do oceano Atlântico, abaixo da linha do Equador, entre as costas da África e da América do Sul, com 20 milhões de quilômetros quadrados que abrigam 51 espécies de cetáceos.

osul

A conta de luz deve continuar pesando no bolso dos consumidores brasileiros até dezembro


A bandeira vermelha nas contas de luz deverá continuar pesando no bolso dos consumidores até o fim do ano. A previsão foi feita pelo diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Setor Elétrico), Luiz Eduardo Barata, ao explicar que as usinas termelétricas, que tem um custo de geração mais elevado, deverão continuar ligadas mesmo com o início do período chuvoso, a partir de novembro, devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.
“A definição das bandeiras tarifárias não é competência do ONS, mas acredito que a bandeira continuará vermelha até o fim do ano”, avaliou Barata.
A bandeira tarifária vermelha tem dois patamares. O patamar 1 significa que a cada 100 quilowatts/horas, o consumidor vai pagar R$ 3 a mais pelo serviço. O patamar 2 é de R$ 5 a mais pelo serviço a cada 100 quilowatt/hora.
De acordo com dados do ONS, o nível dos reservatórios das Regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por cerca de 70% da energia consumida no país, estava em 25,72%, no dia sete de setembro. É o nível mais baixo desde janeiro, quando chegou a 25,48%. Já na Região Nordeste o nível está em 30,66%. Na Região Sul, é de 53,37%.
Investimento
A Eletrobras precisa investir mais R$ 10 bilhões por ano para manter a sua participação no mercado de geração e transmissão de energia no País. Hoje, a companhia aplica R$ 4 bilhões, e o ideal seriam R$ 14 bilhões. Para entrar dinheiro novo, é necessário capitalizar a empresa, passo que ocorreria com a privatização. A avaliação é do presidente da estatal, Wilson Ferreira Júnior. Anunciada pelo governo há quase um ano, a privatização da Eletrobras não vai sair em 2018, por falta de apoio político no Congresso.
“A Eletrobras precisa de novos projetos. Para novos projetos, precisa de recursos. Com R$ 4 bilhões, ela perde participação no mercado”, disse Ferreira. “O único meio de a companhia sustentar seu market-share são investimentos da ordem de R$ 14 bilhões, e não R$ 4 bilhões. Para ela ir por esse caminho, ela precisa se capitalizar.”
Privatização
Para ele, é “razoável” que a privatização da empresa seja decidida pelo próximo governo:
“A retomada desse projeto, se for do interesse, ocorrerá pelo novo governo. Eu acho bastante razoável. A vantagem do atraso é que vai permitir que seja sintonizado com o novo governo, que haverá de avaliar a proposta que nós fizemos para a companhia.”
Em cinco anos, a empresa deixará de investir R$ 50 bilhões, por falta de recursos próprios dos acionistas e por não conseguir financiamento nos bancos. A Eletrobras já reduziu sua participação no segmento de geração: ela baixou de 36% em 2011 para 31% cinco anos depois. A estatal é responsável por cerca de 45% do mercado de transmissão no País.
A dívida bruta da empresa hoje chega a R$ 45,5 bilhões, o que fez a estatal atrasar a entrega de empreendimentos e montar um plano de desinvestimentos que prevê a venda das distribuidoras de energia que operam no Norte e Nordeste.
Angra 3
O governo já abriu caminho para aumentar a tarifa da energia que será gerada por Angra 3, na tentativa de viabilizar a retomada das obras com a entrada de um investidor estrangeiro. A Eletrobras defende o aumento do preço, e garante que o consumidor sairá beneficiado.
“Para o consumidor, não importa se custa R$ 14 bilhões ou R$ 17 bilhões. Isso só importa para o investidor. Nós só temos benefício para o consumidor se a usina entrar. E, para a usina entrar, tem que colocar o preço correto”, afirma.
osul

Novo reajuste da gasolina entra em vigor nesta sexta-feira


A Petrobras elevou em R$ 0,02 o litro da gasolina nas refinarias, nesta quinta-feira (13), para as distribuidoras. O novo valor, de R$ 2,2514, entra em vigor a partir desta sexta-feira (14). O diesel, por sua vez, não teve aumento, ficando em R$ 2,2964 o litro, mesmo valor praticado desde o dia 31 de agosto.
Nos últimos dez dias, o preço do litro da gasolina nas refinarias já subiu R$ 0,08. Em 30 dias, subiu R$ 0,33, quando o litro era vendido a R$ 1,9173. O valor é menor do que o praticado nos postos, que têm liberdade para estipular o preço e incluem custos com mão de obra, operacionais e impostos.
Segundo a Petrobras, a política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais desses produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias.
“A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos. Além disso, o preço considera uma margem que cobre os riscos (como volatilidade do câmbio e dos preços)”, explicou a estatal em nota.
De acordo com a Petrobras, a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos no posto de combustíveis. “São os combustíveis tipo A, ou seja, gasolina antes da sua combinação com o etanol, e diesel também sem adição de biodiesel. Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis.”
A maior parte do preço final da gasolina é decorrente dos seguintes componentes: 35% fica com a Petrobras; 15% é Cide, PIS/Pasep e Cofins; 29% é ICMS; 11% é o custo da mistura de álcool anidro e 10% são relativos à margem de lucro das distribuidoras e postos.
Preço nos postos
Os preços médios do diesel e da gasolina ao consumidor subiram na semana passada, segundo levantamento divulgado na segunda-feira (10) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis). O preço do diesel terminou a semana passada com aumento de 3,4%. Foi a R$ 3,489, acima do observado no levantamento anterior (R$ 3,373).
Já o preço da gasolina teve alta de 1,8% e subiu a de R$ 4,525, acima dos dos R$ 4,446 apurado na leitura passada. No mesmo período, o preço médio do etanol aumentou 2,4%, de R$ 2,626 para R$ 2,690. O valor representa uma média calculada pela ANP e, portanto, pode variar de acordo com a região.
O litro da gasolina comum já é encontrado por mais de 5 reais em postos de São Paulo. Os novos recordes serão sentidos no próximo levantamento.

osul

No meio da crise, a folha de pagamento de todo o Judiciário cresceu 8,1 bilhões de reais


O gasto de todo o Poder Judiciário brasileiro com folha de pagamento cresceu 11% (ou R$ 8,1 bilhões) de 2014, ano que marca o início da crise econômica, a 2017. No mesmo período, a economia do País se retraiu 5,6%. A despesa com salários, benefícios e penduricalhos na Justiça subiu acima da inflação, segundo o relatório Justiça em Números 2018, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
O documento reúne dados das Justiças Estaduais, Federal, do Trabalho e Militar e dos tribunais estaduais, regionais e superiores, exceto o STF (Supremo Tribunal Federal). No ano passado, a remuneração custou R$ 82,2 bilhões ao país e bateu recorde. O montante representa 90,5% do Orçamento do Judiciário, distribuído a 448,9 mil funcionários.
Há quatro anos, os gastos de ministros, desembargadores, juízes, servidores, trabalhadores terceirizados, estagiários e outros auxiliares da Justiça foram de R$ 74,1 bilhões, atualizados pela inflação. “A Justiça brasileira tem uma enorme autonomia administrativa e financeira. Diversas decisões sobre gastos do Poder Judiciário são tomadas pelos próprios magistrados, como abertura de concursos e verbas indenizatórias”, disse o professor Luciano da Ros.
Municípios, Estados e União têm reduzido o consumo do governo – gastos com salários, serviços e bens que asseguram o funcionamento da máquina pública. A queda por três anos consecutivos, de 2015 a 2017, em razão da crise, entre outros fatores, tem impacto no crescimento do País.
O PIB (Produto Interno Bruto) teve alta de 0,5% em 2014. Nos dois anos seguintes, houve encolhimento de 3,5%. No ano passado, ao sair da recessão, o Brasil cresceu 1%. A Justiça, no entanto, aumentou seus gastos totais e com a folha ano após ano.
Os recursos destinados ao pessoal cresceram 4,9% em 2017 em relação ao ano anterior. Em 2016, auge da crise, quando o País se retraía pelo segundo ano seguido, o Judiciário registrou 1,2% de alta com salários, benefícios e penduricalhos. Todo o Orçamento do Judiciário alcançava 1,2% do PIB há quatro anos. No ano passado, essa relação foi de 1,4%.
Com o reajuste pleiteado pelos ministros do STF de 16,38% em 2019, os gastos tendem a subir nos próximos anos, o que pode levar ao descumprimento do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior. A medida precisa ser aprovada pelo Congresso. Um magistrado da mais alta corte recebe hoje R$ 33,8 mil e, com o aumento, passará a ganhar R$ 39,3 mil. A remuneração desses ministros fixa o teto para todo o funcionalismo do Judiciário.
“Se fosse só para aumentar os salários dos ministros do STF, o impacto seria nulo. O problema é disparar o efeito em cascata. É mais uma ameaça ao teto de gastos, mas já são tantas que parece que ninguém mais está se preocupando com a vedação”, destacou o pesquisador José Roberto Afonso, do IBRE/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
O relatório do CNJ justifica o crescimento dos gastos do Judiciário. “Ressalte-se que, nos últimos seis anos (2011-2017), o volume processual também cresceu em proporção próxima às despesas, com elevação média de 3,4% ao ano”, informa o anuário. No ano passado, o volume de ações ainda pendentes de julgamento chegou a 80,1 milhões. Só em 2017, 29,1 milhões de novos processos foram ajuizados em todo o País.
De acordo com o relatório, os 18,2 mil magistrados brasileiros julgaram em média 1.819 processos por ano – 7,2 processos por dia. Em 2016, foram 1.761 por ano, alta de 3,3%. Procurados, o CNJ, a Ajufe (Associação dos Juízes Federais) e a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) não comentaram.
osul

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Em guerra bilionária, a indústria farmacêutica tenta barrar remédio genérico contra a hepatite C


A farmacêutica americana Gilead está barrando a compra de um medicamento genérico para hepatite C que geraria uma economia de cerca de R$ 1 bilhão ao ano para o governo brasileiro.
A Gilead produz o sofosbuvir, um antiviral que cura a hepatite C em 95% dos casos e revolucionou o tratamento desde 2014. Antes, a terapia mais eficaz disponível curava em apenas 50% dos casos.
Neste ano, o Ministério da Saúde anunciou um plano para eliminar a hepatite C até 2030, e o SUS passou a tratar todos os pacientes com os novos antivirais, e não apenas os doentes mais graves. Mas o tratamento que usa o sofosbuvir chega a custar R$ 35 mil por paciente no Brasil e limita número de pessoas tratadas.
Um convênio entre Farmanguinhos-Fiocruz e Blanver obteve registro da Anvisa para fabricar o sofosbuvir genérico. Em tomada de preços no início de julho no Ministério da Saúde, a Gilead ofereceu o sofosbuvir a US$ 34,32 (R$ 140,40) por comprimido, e a Farmanguinhos ofertou o genérico a US$ 8,50 (R$ 34,80).
Hoje, o ministério paga US$ 6.905 (R$ 28.241) pela combinação sofosbuvir e daclatasvir de marca. Com a nova proposta, o governo passaria a pagar US$ 1.506 (R$ 6.160), com a Fiocruz e a Bristol. Dada a meta de tratar 50 mil pessoas em 2019, isso significaria uma economia de US$ 269.961.859 (R$ 1,1 bilhão) em relação aos gastos com a combinação sem o genérico.
O departamento de hepatites do ministério solicitou em agosto a compra do medicamento mais barato com urgência. Por causa de contestações de farmacêuticas, não foi feita a aquisição, e o estoque de vários antivirais no SUS acabou há meses. Há fila de 12 mil pacientes, e muitos esperam há mais de seis meses.
O ministério afirma que ainda não há decisão. “O processo de aquisição do sofosbuvir foi iniciado, e todas as empresas que têm registro no Brasil poderão participar”.
“Aquilo não foi uma tomada de preços, não houve processo de compra, estamos questionando por que alguns produtos não foram considerados”, disse o diretor-geral da Gilead, Christian Schneider.
No dia 28 de agosto, a Gilead enviou carta ao ministério, obtida pela Folha, na qual pede a anulação dos resultados da reunião e oferece uma nova combinação de drogas por um preço inferior aos genéricos.
Mas, segundo técnicos, a oferta inclui uma droga que não funciona para todos os vírus de hepatite e não é recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
“Nossa combinação é mais avançada, e os genéricos não consideram todos os cenários”, diz Schneider.
Um grupo liderado pelos MSF (Médicos sem Fronteiras) encaminhou uma representação ao Ministério Público acusando a Gilead de pressionar o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual) para conceder a patente do sofosbuvir e de entrar com inúmeras ações judiciais para barrar o genérico.
“A competição com genéricos pode resultar em cura mais acessível para as 700 mil pessoas com hepatite C no País. O Brasil pode enviar uma mensagem ao mundo, com decisões que estimulam a concorrência e permitem maior acesso a tratamentos”, diz Felipe Carvalho, da MSF.
A Gilead solicitou registro da patente do sofosbuvir no Brasil. De 126 pedidos da empresa, 124 foram rejeitados pelo INPI e dois estão em análise e poderiam bloquear o genérico.
osul

A nimesulida é tóxica para o fígado e já foi proibida em vários países


A nimesulida, um dos anti-inflamatórios mais consumidos no Brasil, é tóxica para o fígado e já teve sua venda proibida em vários países. Nos últimos anos, diversos relatos clínicos associaram casos de hepatotoxicidade ao uso do medicamento. Esses efeitos colaterais preocupantes contribuíram para que o medicamento fosse retirado de circulação em países como Espanha, Finlândia, Irlanda, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Suécia,  Japão, Canadá e Estados Unidos. No Reino Unido e na Alemanha, ele nunca chegou a ser aprovado. Entretanto, em países como o Brasil e Portugal, a nimesulida permanece à venda.
Riscos
Uma revisão de literatura publicada na Revista Brasileira de Farmácia, mostrou que a nimesulida pode afetar o fígado de pacientes de forma severa e até fatal. Os pesquisadores acreditam que o consumo do medicamento está associado a alterações nos padrões de funcionamento das mitocôndrias – organelas que atuam na respiração celular -, levando à morte das células do fígado. Por causa dos efeitos colaterais, os médicos tentam evitar que o paciente use o remédio por muito tempo já que ele também pode afetar os rins.
Outro artigo, publicado no Singapore Medical Journal apontou que a nimesulida pode ter induzido mortes por insuficiência hepática, doença que ocorre quando o fígado interrompe suas principais funções, como metabolizar e sintetizar proteínas. Alguns dos sintomas mais comuns são pele e olhos amarelados (icterícia), dor de barriga e inchaço. O relatório apontou que três pacientes apresentaram hepatite aguda por terem ingerido o medicamento. Um deles morreu de insuficiência hepática fulminante.
Por fim, um relato de caso publicado no European Journal of Clinical Pharmacology revelou morte por insuficiência hepática aguda induzida pela nimesulida. De acordo com os autores, outros 12 casos de lesão hepática grave foram notificados. Ao longo dos anos, pesquisadores notaram que a hepatotoxicidade associada à nimesulida apresenta algumas características em comuns: aparição no sexo feminino (84% dos casos), idade média de 62 anos, icterícia como manifestação primária (90%) e ausência de eosinofilia no sangue, ou seja, os eosinófilos (células responsáveis pela defesa do organismo contra parasitas e agentes infecciosos) não estavam sendo produzidos.
Anti-inflamatórios são hepatotóxicos
É preciso ressaltar que não é apenas a nimesulida que pode colocar em risco a saúde. Especialistas afirmam que todo anti-inflamatório pode ter efeito hepatotóxico, especialmente em indivíduos com sensibilidade à medicação. Por causa disso, médicos procuram ser cautelosos ao prescreverem a medicação.
No caso de pacientes com alguma doença no fígado – principalmente de nível crônico –, em que a ingestão da nimesulida pode causar sangramento, aumentar as chances de reação ou surgimento de lesão aguda, não é recomendado o uso do remédio. Para quem não sabe se tem problemas no órgão, é aconselhada uma avaliação médica, especialmente porque os sintomas, como pele amarelada e urina escura, costumam aparecer apenas nos estágios mais avançados das doenças.
Casos raros
Apesar dos relatos, essas reações adversas graves são pouco comuns, mesmo em mesmo em países como o Brasil, onde a venda média da nimesulida varia de 70 a 100 milhões de unidades anualmente. Até o momento, nenhum estudo relatou casos de problemas hepáticos em pacientes brasileiros, mas é sempre necessário ser cuidadoso quando o assunto é utilização de medicamentos.
Indicação
A medicação costumar ser indicada para alívio de dores agudas, como dor de ouvido, garganta e de dente. Além disso, algumas mulheres utilizam para controlar as cólicas menstruais. Já a forma em gel é usada para alívio das dores de tendões, ligamentos, músculos e nas articulações em casos de traumatismo.
Segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a nimesulida é uma substância que inibe a produção de enzimas liberadas durante o processo de inflamação, tendo, portanto, efeito analgésico e antitérmico.

osul

As aposentadorias liberadas pelo INSS ficarão menores a partir de dezembro


Segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que agendarem os pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição a partir de 1º de dezembro deste ano, e tiverem a liberação do benefício após esta data, terão redução no valor do benefício pago pelo órgão — resultado do desconto do fator previdenciário. Isso porque haverá uma mudança no cálculo da renda, pois o índice (fator) é atualizado com a divulgação anual da expectativa de vida do brasileiro, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com projeções do atuário Newton Conde, da Conde Consultoria, a expectativa de vida do brasileiro neste ano deve aumentar, em média, 52 dias. O aumento da esperança de vida interfere automaticamente no cálculo da renda, pois eleva o fator previdenciário — fórmula usada pela Previdência e que pode diminuir o valor do benefício, dependendo do caso, em até 40%. O cálculo é usado pelo INSS para abaixar a renda de quem se aposenta cedo — tentativa de manter o trabalhador por mais tempo na ativa.
De acordo com as contas feitas por Conde, um homem com 58 anos de idade e com 35 anos de contribuição para o INSS, e média salarial de R$ 3 mil, tem fator previdenciário hoje em 0,76977. Com o aumento da expectativa de vida. Em dezembro deste ano, o fator cai para 0,76677 com o aumento da expectativa de vida, então, o benefício que hoje seria de R$ 2.309,31, em dezembro passa a ser de R$ 2.300,31, ou seja, redução de R$ 9 que equivale a uma redução de 0,39%.
Já uma mulher com 54 anos de idade com 30 anos de contribuição para o INSS, e média salarial de R$ 3 mil, tem o fator hoje de 0,66246. Em dezembro cairá para 0,66011, então, o benefício hoje que seria de R$ 1.987,38, cai em dezembro para R$ 1.980,33, ou seja, redução de R$ 7,05 que equivale a uma redução de 0,35%.
O desconto pode parecer pequeno, porém, com a inflação projetada para 2018 pelo Banco Central de 4,14%, o segurado deve ter o poder de compra diminuído ainda mais.
Vale destacar, porém, que o segurado que fizer o requerimento antes da mudança, garante o cálculo da renda mensal a partir da tabela ainda desatualizada. Nesta situação, a data de pedido de agendamento ao INSS é o que conta para quando o segurado se aposentar, mesmo que o atendimento em um posto demore. Além disso, o segurado que atingir a fórmula 85/95, em que a soma da idade e do tempo de contribuição deve ser de 85 para mulheres, e de 95 para homens, conseguem a aposentadoria integral, sem a incidência do fator.
osul