segunda-feira, 25 de junho de 2018

O Facebook criou um sistema de inteligência artificial que abre os olhos de quem piscar em fotos


Piscou bem na hora do clique do fotógrafo? Isso pode ser um problema do passado. O Facebook criou um sistema de inteligência artificial que não só identifica quando alguém saiu de pálpebras cerradas em uma foto mas também consegue “abrir” seus olhos.
A tecnologia, criada pelos engenheiros da rede social, Brian Dollahnsky e Christian Canton Ferrer, foi descrita em um estudo divulgado nesta semana. O que o mecanismo faz é estudar várias fotos em que aparece o rosto do sujeito para entender como são suas expressões faciais quando ele está de olhos abertos.
“Para o problema particular de transformações faciais, ela [a tecnologia] aprende não só a preservar características como iluminação ou o tom da pele mas pode também abranger alguma noção de plausibilidade semântica”, escreveram os dois engenheiros.
“Dando um conjunto de treinamento de tamanho apropriado, a rede irá aprender como um rosto humano ‘deve’ parecer.”
Mas não só. Além disso, eles recorreram a técnicas avançadas de inteligência artificial para driblar o chamado “uncanny valley”, aquele ar de foto tratada no Photoshop que ocorre quando imagens passam por modificação mal feitas.
Para fugir desse risco, os dois lançaram mão de um recurso geralmente usado para desenhar rostos do zero, chamada de rede adversarial generativa (GAN, na sigla em inglês). Você já deve ter visto a técnica em ação, já que ela é usada para criar faces de celebridades que não existem ou mudar o clima em vídeos.
A mescla do uso desses dois sistemas é o que faz a diferença. Depois de aprender como são os olhos do indivíduo, o sistema usa a informação para criar uma reprodução fiel deles. Leva em conta o tamanho da cavidade ocular na foto em que o sujeito aparece de olhos fechados, a posição do rosto, a iluminação sobre a pele e qual o efeito da luz sobre os olhos.
Tecnologia também coloca palavras na boca da pessoa
A expressão “Não coloque palavras na minha boca” também já vai além da metáfora. Um trio de cientistas da Universidade de Washington desenvolveu no ano passado uma tecnologia que cria uma imagem que tenha a cara do sujeito, se expresse como ele, fale como ele, mas seja totalmente falsa.
A técnica sincroniza a voz de alguém a vídeos de outra pessoa, usando inteligência artificial.
O estudo foi realizado com a ajuda de Ira Kemelmacher-Shlizerman e Steve Seitz, professores da Escola de Ciência da Computação e Engenharia da Universidade de Washington, e liderado por Supasorn Suwajanakorn, ex-aluno.
O trio criou um algoritmo que aprende nuances de expressões faciais de alguém a partir de vídeos na internet. Para o trabalho, Barack Obama foi o escolhido, devido à grande quantidade de conteúdo online espalhado sobre o ex-presidente dos EUA.
osul

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