Sexta-feira será um dia atípico em Santa Catarina. Fábricas vão amanhecer com as máquinas paradas, escolas ficarão com as salas de aula vazias, o transporte coletivo vai atrasar, o lixo vai acumular nas ruas e, provavelmente, os postos de saúde e ambulatórios terão atendimento reduzido. Isso porque está marcada para sexta-feira a Greve Geral, movimento contrário à lei da terceirização, já sancionada pelo governo Temer, e às reformas trabalhistas e previdenciárias, que devem ser votadas nesta semana no Senado. A previsão é que trabalhadores representados por sete centrais sindicais no Estado participem da paralisação.
Além da Central Única dos Trabalhadores (CUT), já manifestaram adesão à greve em SC a Central Sindical e Popular (CSP), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setpesc), a Força Sindical, a Intersindical, a Nova Central Sindical de Trabalhadores e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Detalhes repassados pela assessoria de imprensa da CUT em Florianópolis indicam que trabalhadores de pelo menos oito municípios catarinenses devem aderir ao movimento, entre eles Chapecó e Concórdia, no Oeste, Curitibanos e Lages, na Serra, Joinville, no Norte do Estado, Criciúma, no Sul, e Itajaí e Blumenau, na região do Vale do Itajaí.
Diferente de outros atos até então convocados pela CUT na Capital, por exemplo, dessa vez o dia não será marcado por passeatas ou caminhadas, mas sim pela suspensão das atividades de trabalhadores "que estão lutando por seus direitos" e por piquetes em frente a postos de trabalho em solidariedade aos que não conseguirem paralisar suas atividades. A CUT destaca, no entanto, que os grupos poderão decidir na hora se farão alguma caminhada pela região central de Florianópolis.
Até segunda-feira, na Ilha, cinco categorias, entre elas o dos servidores públicos, da Educação, do Estado e da Saúde, já teriam confirmado adesão ao movimento grevista. O sindicato que representa os trabalhadores do transporte na cidade, Sintraturb, deverá decidir sobre a paralisação em assembleia ao longo da semana, informou a central.
Diferente da Capital, em Itajaí e Lages, já foi repassado que a pauta do dia deve incluir passeatas. Em Blumenau, por sua vez, o sindicato que representa os servidores públicos já teria sinalizado que não haverá aula neste dia. Em Joinville, além dos servidores públicos municipais, o setor metalúrgico também avalia aderir à paralisação.
Ainda conforme a CUT da Capital, este ato deve ser o mais expressivo dos últimos tempos pelo fato de reunir todas as sete centrais sindicais do Estado.
Fonte: Diário Catarinense
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