Diante da resistência de parlamentares aliados, o governo já admite que pode adiar a votação da proposta de reforma da Previdência no plenário da Câmara, inicialmente prevista para a segunda semana de maio. Líderes e articuladores da base de apoio ao presidente Michel Temer no Congresso Nacional reconhecem que precisarão de mais tempo para convencer a população e os deputados a apoiar o novo texto apresentado nesta semana à comissão especial da reforma.
Segundo os aliados de Temer, as mudanças atenderam à maioria dos pedidos de flexibilização feitos pela base, mas a discussão do tema foi “contaminada” pelo projeto original, elaborado pelo Palácio do Planalto, que continha regras mais duras que o texto atual.
O governo avalia que precisa de tempo para vencer as resistências, o que não deve ser possível até a data marcada para início da votação no plenário da Câmara, em 8 de maio. Articuladores de Temer defendem o adiamento do cronograma em ao menos uma semana, mas alguns aliados do presidente admitem que pode ser necessário empurrar a data ainda mais. No limite, o texto passaria pela Câmara em junho e só teria sua votação no Senado no segundo semestre.
“O debate está contaminado pela proposta original, e é preciso deixar claro que aquele texto ficou para trás. Confio que isso possa ocorrer até o dia 8, mas é preciso ter certeza de que o tema está descontaminado”, afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O adiamento seria uma maneira de ampliar os efeitos da ofensiva publicitária deflagrada pelo governo nos últimos dias, em defesa da reforma. O Planalto espera que campanhas de TV e rádio ajudem a vencer resistências dos deputados em suas bases eleitorais. (Folhapress)
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Opinião de algumas pessoas sobre o assunto.
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