segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Com mais de um século de história a Buettner joga a toalha


Após mais de cem anos, chega ao fim a história da Buettner. A têxtil de Brusque já viveu tempos áureos ao lado de outras duas gigantes, a Renaux e a Schlösser, que também entraram para o time das falências e recuperações judiciais. Neste ano, o Estado tem quase mil processos de recuperação e falência em andamento. A história surpreendente da Buettner é um exemplo de que mesmo uma empresa pujante pode caminhar para o abismo. A informação é do jornal Diário Catarinense. 

O lucro da Buettner caiu sem parar desde o final dos anos 1990 até se converter em dívidas que hoje somam R$ 300 milhões. Em abril de 2016, a companhia pediu falência, encerrando um período de cinco anos de recuperação judicial. A decisão foi tomada pelo administrador, o advogado Gilson Sgrott, que deu a notícia para uma direção já resignada a fechar as portas. No ato, 600 funcionários foram demitidos. 

A Buettner hoje é uma gigante abandonada. Dos 2 mil empregados que chegou a ter no auge, entre os anos 1970 e 1980, sobraram os vigilantes e um funcionário da administração.

Antes, dezenas de caminhões carregados de algodão paravam ao lado dos prédios de tijolinhos à vista para que a empresa desse conta da demanda. Hoje, qualquer carro que estacione em frente à portaria desperta curiosidade. Só um vira-lata anda por ali e faz companhia a Marinho Vanelli, porteiro da fábrica há 30 anos. A crise econômica que começou a mostrar as caras em 2014 foi demais para uma empresa adoentada.

Mas a Buettner não está sozinha. Neste ano, no primeiro semestre, Santa Catarina bateu recorde de pedidos de recuperação judicial – foram 60, o maior número em pelo menos 10 anos. Outras 16 pediram falência.


auonline

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