quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dia Mundial da Luta Contra a Hanseníase é reforçado em Coronel Martins


No último domingo de janeiro é comemorado em todo o mundo o Dia Mundial de Combate a Hanseníase.  Em Coronel Martins, por mais que ainda não se tenha registro de casos de hanseníase na história do município, a data foi lembrada para fortalecer a prevenção da doença.
De acordo com a enfermeira da Unidade de Saúde de Coronel Martins, Talita Gitrone, por mais que a hanseníase seja transmitida por uma bactéria, ela não passa de uma pessoa para outra por um simples toque, e salienta que não há necessidade de evitar contato com pessoas contaminadas. “É uma doença transmissível, mas não é preciso pensar que uma pessoa com hanseníase possui uma doença altamente contagiosa. Ela não é transmitida por uma aperto de mão ou um abraço, mas sim por espirros e salivas. Por isso podemos ter uma vida normal ao lado de uma pessoa com a bactéria”, enfatiza.
A hanseníase apresenta alguns sintomas particulares que se revelam em várias partes do corpo. A enfermeira alerta para que as pessoas fiquem atentas a esses sinais, pois o diagnóstico precoce, além de proporcionar uma cura mais rápida, evita complicações mais sérias ao organismo. “ Acomete principalmente peles e nervos. Apresenta manchas no rosto, na área dos olhos, nariz e orelha. Além de braços, pernas, mãos e pés. Causa deformidades e incapacidade física. Para evitar essas complicações é necessário fazer o tratamento cedo, por isso a importância de diagnosticar a doença o quanto antes”, reforça.
Existem dois tipos de hanseníase, e o tratamento para cura varia conforme o caso.
De acordo com a enfermeira a melhor maneira de prevenir a hanseníase é manter o corpo forte, com uma boa alimentação. “A forma mais grave de hanseníase se chama multibacilar, e a menos grave é paucibacilar. Em ambas o tratamento é feito via oral através de um coquetel de antibióticos, chamado de poliquimioterapia. São  medicamentos, eficazes, que devem ser ingeridos dentro do cronograma do tratamento, que dura, no primeiro caso, 18 meses e no segundo nove meses. Contudo quando falamos em prevenção é bom lembrar que um corpo forte, bem alimentado dificilmente vai contrair hanseníase”, conclui.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso mundial, visando eliminar esta doença até 2010.. No entanto, a cada ano, são registrados mais de quarenta mil novos casos, alguns até mesmo em situação de deformidade irreversível.


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