No último domingo de janeiro é
comemorado em todo o mundo o Dia Mundial de Combate a Hanseníase. Em Coronel Martins, por mais que ainda não se
tenha registro de casos de hanseníase na história do município, a data foi
lembrada para fortalecer a prevenção da doença.
De acordo com a enfermeira da Unidade
de Saúde de Coronel Martins, Talita Gitrone, por mais que a hanseníase seja
transmitida por uma bactéria, ela não passa de uma pessoa para outra por um
simples toque, e salienta que não há necessidade de evitar contato com pessoas
contaminadas. “É uma doença transmissível, mas não é preciso pensar que uma
pessoa com hanseníase possui uma doença altamente contagiosa. Ela não é
transmitida por uma aperto de mão ou um abraço, mas sim por espirros e salivas.
Por isso podemos ter uma vida normal ao lado de uma pessoa com a bactéria”,
enfatiza.
A hanseníase apresenta alguns
sintomas particulares que se revelam em várias partes do corpo. A enfermeira
alerta para que as pessoas fiquem atentas a esses sinais, pois o diagnóstico
precoce, além de proporcionar uma cura mais rápida, evita complicações mais
sérias ao organismo. “ Acomete principalmente peles e nervos. Apresenta manchas
no rosto, na área dos olhos, nariz e orelha. Além de braços, pernas, mãos e
pés. Causa deformidades e incapacidade física. Para evitar essas complicações é
necessário fazer o tratamento cedo, por isso a importância de diagnosticar a
doença o quanto antes”, reforça.
Existem dois tipos de hanseníase, e o
tratamento para cura varia conforme o caso.
De acordo com a enfermeira a melhor
maneira de prevenir a hanseníase é manter o corpo forte, com uma boa
alimentação. “A forma mais grave de hanseníase se chama multibacilar, e a menos
grave é paucibacilar. Em ambas o tratamento é feito via oral através de um
coquetel de antibióticos, chamado de poliquimioterapia. São medicamentos, eficazes, que devem ser
ingeridos dentro do cronograma do tratamento, que dura, no primeiro caso, 18
meses e no segundo nove meses. Contudo quando falamos em prevenção é bom
lembrar que um corpo forte, bem alimentado dificilmente vai contrair
hanseníase”, conclui.
Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é líder mundial em prevalência
da hanseníase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso
mundial, visando eliminar esta doença até 2010.. No entanto, a cada ano, são
registrados mais de quarenta mil novos casos, alguns até mesmo em situação de
deformidade irreversível.
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