Alvo de mandado de prisão pela Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes (RJ) na Operação Chequinho, o presidente nacional do PR e ex-ministro dos Transportes Antônio Carlos Rodrigues (SP) já é considerado foragido pela PF (Polícia Federal). Segundo a TV Globo apurou, até o início da madrugada de hoje os policiais estavam tentando localizá-lo.
Rodrigues é suspeito de corrupção, extorsão, participação em organização criminosa e falsidade ideológica na prestação de contas eleitorais na mesma investigação que resultou na prisão dos ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, ambos do PR.
A PF não conseguiu localizar o presidente do PR na última quarta-feira (22), dia em que os dois ex-governadores foram presos. O mandado expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira determina o cumprimento da prisão preventiva “nos endereços declarados nos autos ou onde quer que se encontrem”.
O Ministério Público Estadual do Rio acusa o ex-ministro dos Transportes de ter negociado com Garotinho e com o frigorífico JBS a doação de dinheiro oriundo de propina para a campanha do ex-governador ao governo do Rio, em 2014.
O inquérito que embasa a denúncia partiu da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista e do executivo do grupo J&F Ricardo Saud.
Conforme a PF, foram identificados elementos que apontam que a JBS firmou contrato fraudulento com uma empresa sediada em Macaé para a prestação de serviços na área de informática.
Há suspeita, porém, de que os serviços não tenham sido prestados e de que o contrato, de aproximadamente 3 milhões de reais, serviria apenas para o repasse irregular de valores para a utilização nas campanhas eleitorais.
Habeas corpus
A defesa do dirigente do PR informou nesta sexta-feira que vai aguardar o julgamento de um habeas corpus para decidir se Rodrigues vai se entregar às autoridades policiais. Se a decisão não for favorável, disse um dos defensores, ele vai se entregar.
A PF afirma que nenhum advogado do ex-ministro procurou a corporação para tratar da apresentação de Rodrigues e que não há nenhuma negociação nesse sentido.
Autoridades envolvidas no caso avaliam que os advogados do ex-ministro só estão tentando “protelar” o caso, na expectativa de obter o habeas corpus.
Futuramente, o juiz responsável pelo caso pode considerar, na hora de uma eventual sentença, se o suspeito se apresentou espontaneamente.
Antes de comandar o Ministério dos Transportes durante o governo Dilma Rousseff, Rodrigues ocupou uma cadeira no Senado como suplente de Marta Suplicy, que, à época, havia se licenciado da casa legislativa para assumir o Ministério da Cultura.
Em São Paulo, Antônio Carlos Rodrigues foi o primeiro vereador a comandar quatro vezes consecutivas a presidência da Câmara Municipal, entre 2007 e 2010.
osul
Nenhum comentário:
Postar um comentário