segunda-feira, 29 de maio de 2017

Pacientes de médicos velhos morrem mais do que os de médicos mais novos


Uma pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que os pacientes de médicos mais velhos morrem mais do que os pacientes de doutores novinhos.
Conforme o estudo, publicado no British Medical Journal, a exceção se dá apenas para médicos mais velhos bastante ativos, que continuam a atender muitas pessoas no hospital – estes tinham uma mortalidade entre seus pacientes abaixo da média.
Os pesquisadores de Harvard argumentam que médicos mais experientes atuam com base no conhecimento adquirido na época em que estudaram, que pode ter se tornado ultrapassado. Caso o médico não frequentes congressos e grupos de discussão ou use softwares específicos voltados para o diagnóstico, há o risco de aplicar técnicas datadas.
Já os doutores novinhos saem da faculdade a par do que há de mais recente na medicina. É como se saíssem já treinados para usar tratamentos e tecnologias de ponta.
Entretanto, os pesquisadores ressaltam que é preciso manter médicos mais experientes nas equipes – afinal, a experiência e mentoria deles é fundamental para ensinar os mais novos.
A diferença nos dados é pequena, mas chamou a atenção dos pesquisadores de Harvard. Para chegar aos resultados, foram analisados, do banco de dados relativo ao país inteiro, 736.537 pacientes, entre 65 e 75 anos, tratados por 18.854 médicos entre 2011 e 2014. As comparações eram sempre feitas entre pacientes do mesmo hospital, para não haver discrepância.
Veja alguns dados da pesquisa:
– Média geral de mortalidade para médicos de todas as idades: 11,1%
– Médicos com menos de 40 anos: mortalidade de 10,8% entre os pacientes
– Médicos entre 40 e 49 anos: mortalidade de 11,1%
– Médicos entre 50 e 59 anos: mortalidade 11,3%
– Médicos acima de 60 anos: mortalidade de 12,1%
* Doenças mais comuns analisadas: infecção por bactéria, pneumonia, insuficiência cardíaca e obstrução pulmonária crônica.
osul

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