A ex-secretária de Saúde de Chapecó e vereadora mais votada na eleição deste ano, Cleidenara Weirich, foi conduzida coercitivamente para depor na manhã desta quinta-feira na Polícia Federal de Chapecó.Ele é uma das quatro pessoas que foram conduzidas na operação "Manobra de Osler", que apura desvio de recursos do SUS na secretaria municipal de saúde do município.
Também foram realizadas seis buscas e apreensões. A ação é coordenada pelo Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Polícia Federal.
Outro que foi conduzido é o diretor-executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (CIS-Amosc), Paulo Utzig.Em nota o Ministério Público Federal informa que os dois estão impedidos de exercer funções públicas, inclusive ao exercício de mandato da vereadora, e de ingressar nas dependências dos órgãos envolvidos.
De acordo com a nota o Ministério Público Federal a investigação iniciada em 2015 apontou que, entre 2013 e 2015, a ex-secretária de saúde destinou, por intermédio do CIS-Amosc, R$ 1,5 milhão do SUS para uma clínica hiperbárica sediada em imóvel de propriedade de seus familiares.
As investigações revelaram que o marido da ex-secretária e suas empresas foram os destinatários de significativa parcela de recursos repassados pelo município à clínica.
Ele também seria sócio do médico responsável pela clínica de Chapecó em outro estabelecimento do mesmo ramo, situado em São José-SC.A investigação apontou uma elevação do número de consultas na clínica hiperbárica a partir de 2013, com alguns casos chegando a 200 sessões.
Os bens dos investigados estão indisponíveis pois há indícios de prejuízo de R$ 2 milhões ao erário.
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, anunciou em entrevista coletiva no final da manhã de hoje que assinou um decreto abrindo um processo administrativo para investigar o caso. Também foram suspensos os contatos e pagamentos com as empresas envolvidas. A secretária e o diretor do CIS-Amosc foram liberados no final da manhã mas ambos estavam com os celulares desligados.
Na Clínica Hiperbárica Chapecó ninguém atende.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE
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