terça-feira, 27 de junho de 2017

Servidores e PM entram em confronto em Curitiba; prefeito diz não querer que cidade vire “uma Porto Alegre”


Pela segunda vez, a votação de um pacote fiscal na Câmara de Curitiba registrou confronto entre servidores e policiais militares, na manhã desta segunda (26). Parte dos manifestantes que protestavam contra o pacote tentaram furar o bloqueio policial, empurrando a grade de proteção. Os policiais responderam com sprays de pimenta, bombas de gás e cassetetes. Alguns manifestantes atiraram pedras e pedaços de pau. Há relatos de pelo menos quatro feridos.
A despeito do confronto, os vereadores, instalados na Ópera de Arame, um cartão-postal da cidade, para evitar novas invasões da Câmara Municipal, continuavam a sessão normalmente. Dois vereadores, Goura (PDT) e Professora Josete (PT), chegaram a se retirar do local, em protesto. Apenas 100 pessoas puderam acompanhar a sessão do lado de dentro, por recomendação da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Para sindicalistas, foi uma tentativa de coibir o direito à manifestação. A Câmara informou que agiu para garantir segurança aos manifestantes e funcionários da Casa.
Medidas
O pacote proposto pela Prefeitura de Curitiba, que tramita em regime de urgência, impõe um teto aos gastos com pessoal, suspende o plano de carreira dos servidores, corta gratificações como a licença-prêmio e aumenta a contribuição previdenciária, entre outras medidas. A prefeitura argumenta que vive “uma calamidade financeira sem precedentes” e que já vem cortando despesas, mas precisa refrear o gasto com pessoal, a fim de garantir o pagamento em dia do funcionalismo.
O prefeito Rafael Greca (PMN) diz não querer que Curitiba vire “uma Porto Alegre ou um Rio de Janeiro”, e afirma que terá que “desligar a cidade aos poucos” caso a proposta não seja aprovada.
“A cidade precisa ter sustentabilidade financeira. Direitos sem sustentabilidade são desenganos”, declarou Greca.
Os sindicatos afirmam que a proposta retira direitos dos servidores e pode prejudicar o atendimento à população, ao impor um teto de gastos ao funcionalismo.
Para eles, o caminho deve ser melhorar a arrecadação e cobrar dívidas de grandes devedores. “Não é justo que um conjunto de 35 mil servidores seja responsabilizado pela ineficiência de meia dúzia de gestores”, afirma Irene Rodrigues, coordenadora-geral do Sismuc (Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba). A votação do pacote deve ocorrer até terça (27). (Folhapress)Pela segunda vez, a votação de um pacote fiscal na Câmara de Curitiba registrou confronto entre servidores e policiais militares, na manhã desta segunda (26). Parte dos manifestantes que protestavam contra o pacote tentaram furar o bloqueio policial, empurrando a grade de proteção. Os policiais responderam com sprays de pimenta, bombas de gás e cassetetes. Alguns manifestantes atiraram pedras e pedaços de pau. Há relatos de pelo menos quatro feridos.
A despeito do confronto, os vereadores, instalados na Ópera de Arame, um cartão-postal da cidade, para evitar novas invasões da Câmara Municipal, continuavam a sessão normalmente. Dois vereadores, Goura (PDT) e Professora Josete (PT), chegaram a se retirar do local, em protesto. Apenas 100 pessoas puderam acompanhar a sessão do lado de dentro, por recomendação da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Para sindicalistas, foi uma tentativa de coibir o direito à manifestação. A Câmara informou que agiu para garantir segurança aos manifestantes e funcionários da Casa.
Medidas
O pacote proposto pela Prefeitura de Curitiba, que tramita em regime de urgência, impõe um teto aos gastos com pessoal, suspende o plano de carreira dos servidores, corta gratificações como a licença-prêmio e aumenta a contribuição previdenciária, entre outras medidas. A prefeitura argumenta que vive “uma calamidade financeira sem precedentes” e que já vem cortando despesas, mas precisa refrear o gasto com pessoal, a fim de garantir o pagamento em dia do funcionalismo.
O prefeito Rafael Greca (PMN) diz não querer que Curitiba vire “uma Porto Alegre ou um Rio de Janeiro”, e afirma que terá que “desligar a cidade aos poucos” caso a proposta não seja aprovada.
“A cidade precisa ter sustentabilidade financeira. Direitos sem sustentabilidade são desenganos”, declarou Greca.
Os sindicatos afirmam que a proposta retira direitos dos servidores e pode prejudicar o atendimento à população, ao impor um teto de gastos ao funcionalismo.
Para eles, o caminho deve ser melhorar a arrecadação e cobrar dívidas de grandes devedores. “Não é justo que um conjunto de 35 mil servidores seja responsabilizado pela ineficiência de meia dúzia de gestores”, afirma Irene Rodrigues, coordenadora-geral do Sismuc (Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba). A votação do pacote deve ocorrer até terça (27). (Folhapress)
osul

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