O presidente Michel Temer aceitou a indicação da deputada Cristiane Brasil para ministra do Trabalho.
O nome da deputada foi levado ao presidente depois de uma reunião no Palácio do Planalto entre Temer e o pai dela, o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do partido.
Após a reunião com Temer, em entrevista no Planalto, Jefferson confirmou a indicação e disse que o presidente aceitou.
O cargo de ministro do Trabalho está vago desde o último dia 27, quando Ronaldo Nogueira (PTB-RS) deixou o posto para retomar as atividades como deputado na Câmara. Ele argumentou, ao se demitir, que pretende se candidatar à reeleição.
Choro
Entre lágrimas, Jefferson disse que a nomeação de sua filha é um “resgate” à sua imagem após o mensalão. O dirigente do partido foi o pivô do escândalo político e chegou a ser condenado e preso.
Segundo ele, Temer consultou o líder do PTB na Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (GO), e telefonou para a nova ministra para saber se eles aceitariam o convite. E teve resposta afirmativa de ambos.
Cotado
O deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS), que foi cotado para assumir o Ministério do Trabalho, disse nesta quarta-feira (3) que aceitaria um eventual convite do presidente Michel Temer, mas que antes precisava conversar com o comando nacional do PTB.
“Eu aceitaria o convite desde que isso fosse resolvido. Não quero ocupar o espaço para ganhar cargos. Eu quero saber quais são as metas e focos da legenda na pasta, para ajudar o País”, disse.
Para ele, o partido deveria ter apoiado o nome do deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA) e “não aceitado a ingerência do ex-presidente José Sarney”. Ele se referia à informação, divulgada pelo próprio Fernandes, de não tomaria posse devido “ao embaraço” que ele poderia criar na relação entre Temer e o ex-presidente. Sarney negou que tivesse vetado a nomeação do deputado.
O parlamentar chegou a ser sondado no final do ano passado para assumir o posto, mas recusou na época. Agora, foi citado pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, como o favorito do partido para assumir o cargo. Mas, no final, quem ficou com a vaga foi a filha de Jefferson.
Secretário-executivo vai comandar Ministério da Indústria
Após o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, entregar carta de demissão ao presidente Michel Temer, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou nota informando que o secretário-executivo, Marcos Jorge de Lima, irá comandar a pasta interinamente até que haja uma definição por parte do Palácio do Planalto.
Nesta quarta-feira (3), o ex-ministro pediu a exoneração do cargo alegando questões pessoais e partidárias. Essa é a segunda baixa no ministério do presidente Temer em menos de 10 dias. Na semana passada, Ronaldo Nogueira deixou o comando do Ministério do Trabalho para se candidatar às eleições deste ano.
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