O segundo turno das eleições deste ano teve a maior abstenção em pleitos presidenciais desde 1998: 31.308.796 de brasileiros não foram às urnas no domingo (28), o que representa 21,29% do eleitorado. Além disso, foram 2.484.636 de votos em branco, o equivalente a 2,15% do total, e 8.599.212 de votos nulos, ou 7,43% das manifestações. Ou seja: mais de 42 milhões de pessoas, ou 30% do eleitorado, abriram mão de seus votos.
No primeiro turno, não compareceram às urnas 29,9 milhões de eleitores, o equivalente a 20,32% do total, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. No pleito de 1998, o percentual foi de 21,5%; em 2014, de 19,4%.
Os dois maiores colégios eleitorais do país, SP e MG, lideraram os votos nulos no segundo turno desta eleição. Em Minas Gerais, 10,6% dos votos foram anulados. Em São Paulo, foram 10%. Em seguida, vieram os Estados de Sergipe, com 9,5%, e Rio de Janeiro, com 9,1%. No Rio Grande do Sul foram 6,1%.
Taxa de Alienação
Em São Paulo, João Doria e Márcio França perderam para a taxa de alienação, que considera a soma de abstenções com votos em branco e nulos. Doria teve 10, 9 milhões de votos, o que corresponde a 51,75% dos votos válidos, contra 10, 2 milhões, correspondente a 48,25% de Márcio França (PSB).
Já no âmbito nacional, tanto Haddad quanto Bolsonaro tiveram mais votos que a taxa de alienação. Bolsonaro contou com 57 milhões de votos contra os 47 milhões de Haddad.
O percentual de votos nulos no segundo turno das eleições presidenciais de 2018 foi o maior registrado desde 1989, totalizando 8,6 milhões. Foi um aumento de 60% em relação ao 2º turno da última eleição presidencial, em 2014, quando 4,6% dos votos foram anulados.
Ao todo, 31,3 milhões de eleitores não compareceram às urnas, o equivalente a 21,3% total, proporção similar ao do 2º turno presidencial de 2014.
Somando os votos nulos e brancos com as abstenções, houve um contingente de 42,1 milhões de eleitores que não escolheram nenhum candidato, cerca de um terço do total.
Bolsonaro
A vitória do candidato do PSL foi confirmada às 19h18min de domingo, quando, com 94,44% das seções apuradas, Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%). Com 100% das seções apuradas, Bolsonaro recebeu 57.797.847 votos (55,13%) e Haddad, 47.040.906 (44,87%).
osul
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