Os professores e funcionários de escolas estaduais realizam uma paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (04) no Rio Grande do Sul, de acordo com o Cpers-Sindicato. O ato ocorre em protesto contra o parcelamento dos salários e contra o que a categoria chama de “desmonte da escola pública”.
A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na última sexta-feira (28). “Para chamar a atenção da sociedade sobre o descaso do atual governo com a categoria e a educação pública, professores e funcionários de escolas farão o Ato Público Estadual pelo pagamento integral dos salários e contra o desmonte da escola pública”, afirmou o sindicato.
Às 13h30min desta quinta, ocorre a concentração dos professores e funcionários de escolas em frente ao prédio do Instituto de Educação, localizado na avenida Osvaldo Aranha, 527. Às 14h, eles seguem em caminhada até o Palácio Piratini.
“Convocamos todos professores e funcionários de escolas a participarem deste importante ato de denúncia dos ataques contra os nossos direitos. Estamos amargando 34 meses de salários atrasados e parcelados. Esta situação não pode continuar. Vamos juntos dar um basta ao desrespeito, ao desmonte da escola pública e exigir salário em dia e valorização”, disse a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
Caravana em Defesa da Escola Pública
Após três meses cruzando todo o Rio Grande do Sul, a Caravana em Defesa da Escola Pública chegou à última semana de atividades. O 34º Núcleo do Cpers, em Guaíba, recebeu a comitiva de educadores voluntários e da direção central, que percorreu 18 escolas em quatro municípios da região atendida pelo núcleo.
Desde julho, mais de 1 mil escolas foram visitadas e 20 mil quilômetros foram percorridos para discutir os rumos da educação pública, a situação funcional da categoria e os desafios para o próximo período, além de aproximar o sindicato do trabalhadores de todo o Rio Grande do Sul, segundo o Cpers.
“Estamos fazendo um trabalho que agrega, levando informações para deixar a categoria mais sabedora das transformações que afetam a escola pública, como a Reforma Trabalhista, a Terceirização e a Reforma do Ensino Médio. E também o momento político, com a eleição dos diretores de escola e as eleições gerais”, afirmou Edson Garcia, 2º vice-presidente do Cpers.
O sindicato lançou um site para facilitar a consulta sobre como votaram as bancadas gaúchas em relação a projetos que afetam a educação e a sociedade em geral, junto à campanha Vote em Defesa da Escola Pública. No dia 31 de agosto, os candidatos a governador participaram de uma sabatina onde apresentaram suas propostas para a educação.
osul
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