sexta-feira, 29 de julho de 2016

72% das prefeituras de SC estão em situação fiscal difícil ou crítica


A edição 2016 do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e divulgada nesta sexta-feira, mais uma vez joga luz sobre a situação das contas públicas de Santa Catarina. Segundo a pesquisa, que analisou 277 dos 295 municípios do Estado, a situação fiscal das prefeituras catarinenses piorou com relação ao último levantamento, feito em 2014 e divulgado em 2015. 
O percentual de prefeituras que tiveram situação fiscal difícil ou crítica em 2015 atingiu 72% do território de SC, frente a 50,5% no ano anterior. Em 2015, de acordo com o estudo, 179 prefeituras catarinenses estavam em situação fiscal difícil e 22, em situação crítica. Por outro lado, somente três cidades apresentaram gestão de excelência, enquanto 73 prefeituras foram avaliadas com indicativo de uma boa situação fiscal.
A pesquisa da Firjan mostra que os maiores municípios de SC tiveram piora nas suas situações fiscais. A capital catarinense é o caso mais crítico, com queda de 24,5% no nível de investimentos. Assim, Florianópolis terminou o ano de 2015 com mais restos a pagar do que recursos em caixa, tendo a segunda pior situação entre as capitais do país. Entre Joinville, Florianópolis, Blumenau, Criciúma e São José – as cinco maiores cidades de SC, que representam 26,5% da população –, a última foi a única que conquistou uma posição entre as 500 melhores cidades do país.
De acordo com o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês, a gestão fiscal ruim afeta diretamente a indústria.
— É um cenário que afeta as empresas em termos de infraestrutura, necessária para seu desenvolvimento, e da mão de obra que utilizam. Isso significa ruas esburacadas e escolas e hospitais em condições ruins, por exemplo — explicou.
Apesar desses resultados, Santa Catarina está à  frente da maior parte dos Estados do país. Entre os indicadores acompanhados pela pesquisa, os municípios catarinenses apresentaram, no volume de investimentos, 42,3% a mais do que a média nacional.
No ranking nacional, o Estado tem 63 dos 500 maiores IFGFs do país, com Bombinhas, Joaçaba, Balneário Camboriú, Balneário Rincão, Tijucas e Brusque, assumindo respectivamente o 5º, 17º, 21º, 25º, 39º e 60º lugar no ranking nacional. 
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE

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