O governador Raimundo Colombo, no íntimo, gostaria de ter extinto todas as secretarias de desenvolvimento regional, hoje transformadas em agências de desenvolvimento regional. Não tenho dúvidas. Não o faz porque precisa do PMDB para garantir os votos necessários na Assembleia Legislativa. Há também uma espécie de respeito à memória do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, falecido no ano passado.
LHS foi um gênio da articulação política. Figura fundamental para tornar Colombo governador. O conceito da descentralização politicamente é perfeito. Há o fenômeno da litoralização, com as pessoas migrando para perto do mar. Florianópolis capital e sede do governo e toda a sua estrutura central criaram a oportunidade perfeita para defender a ideia de levar o governo para perto das pessoas, ou como dizia LHS, ¿por toda Santa Catarina¿.
Há ainda um sentimento dos moradores de regiões industriais e agrícolas do Estado de que ¿nós¿ trabalhamos para manter a boa vida de quem tem os bons empregos públicos na Capital. A descentralização foi muito bem assimilada pelo eleitor.
Vieram as secretarias regionais – emprego para correligionários e trampolim político de futuros candidatos, devido à visibilidade em cada região. Operacionalmente, a burocracia era a mesma. O secretário regional ainda precisava pedir recursos à administração central. O custo era alto para manter toda a estrutura. Com o cenário de queda de arrecadação, pior ainda.
Não podendo extingui-las, foram transformadas em agências regionais. Das 36 SDRs, ficaram 35 agências – a da Grande Florianópolis não existe mais. Obra do bom senso, embora tardia. A estrutura foi reduzida, 242 cargos foram extintos. Sinal de que havia gordura para queimar nos “cabides de emprego”, assim chamadas as secretarias de desenvolvimento regional pelo então prefeito de Lages, Raimundo Colombo.
Não podendo extingui-las, foram transformadas em agências regionais. Das 36 SDRs, ficaram 35 agências – a da Grande Florianópolis não existe mais. Obra do bom senso, embora tardia. A estrutura foi reduzida, 242 cargos foram extintos. Sinal de que havia gordura para queimar nos “cabides de emprego”, assim chamadas as secretarias de desenvolvimento regional pelo então prefeito de Lages, Raimundo Colombo.
Foi preciso fazer desse limão uma limonada. Hoje ocorre a primeira edição do Dia de Ação de Governo. Trata-se de um projeto desenvolvido a pedido do governador Raimundo Colombo pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, vinculada à Casa Civil. Diferentes secretários de Estado e presidentes de órgãos do governo visitarão as sedes das agência regionais – cada secretário visitará uma agência, onde poderá conhecer obras, escolas, hospitais e outras instituições comunitárias. O objetivo é aproximar o governo central das demais regiões do Estado, disseminando a descentralização e compartilhando informações com as pessoas e entidades municipais, e ao mesmo tempo conhecer novos anseios de cada localidade.
Fonte:DC/ColunaMoacirPereira/Renato Igor (interino)
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