A Petrobras anunciou nessa segunda-feira o sexto aumento consecutivo no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13 quilos. Desta vez, a alta será de 8,9%, em média, valendo a partir desta terça-feira. Desde que a Petrobras iniciou o ciclo de alta, em agosto, o reajuste acumulado no preço do gás vendido em botijões de 13 quilos já chega a 67,8%.
De acordo com a empresa, se o repasse do reajuste desta segunda for integral, o preço do botijão nas revendas subirá 4%, ou R$ 2,53. De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural ou Biocombustíveis), o preço médio do botijão na semana passada era R$ 65,64.
“O reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais”, justificou a Petrobras em um comunicado distribuído à imprensa nessa segunda-feira. Para o produto vendido em vasilhames maiores ou a granel, mais usado por consumidores comerciais ou industriais, já houve um reajuste de 5,3% na semana passada.
Desde 2003, a estatal tem praticado dois preços diferentes para o gás liquefeito de petróleo (o gás de cozinha, também conhecido pela sigla GLP): um valor para os botijões menores e outro para os grandes vasilhames. A diferença tinha por objetivo preservar os consumidores mais pobres, para os quais o botijão de gás tem grande peso no orçamento familiar.
Em junho, entretanto, a Petrobras instituiu uma nova política de preços para o produto, passando a levar em conta um conjunto de fatores como as cotações internacionais, a taxa de câmbio e a margem de lucro. No caso do produto vendido para o mercado industrial, a conta inclui, ainda, o custo de importação.
Um dos objetivos da mudança foi eliminar os subsídios que vinham sendo concedidos ao botijão desde o início do primeiro governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006. De acordo com o Sindigás (Sindicato das Empresas Distribuidoras de GLP), o preço praticado pela estatal está hoje 1,3% abaixo das cotações internacionais.
Imposto
O ajuste anunciado foi aplicado sobre os preços praticados sem a incidência de tributos. Caso seja integralmente repassado aos preços ao consumidor, a companhia estima que o preço do botijão de gás de cozinha pode ser reajustado, em média, em 4% (ou cerca de R$ 2,53 por botijão). Isso, se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.
“Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores”, ressaltou a estatal, assim como havia feito na ocasião do último reajuste, no dia 5 de novembro.
Naquela data, a Petrobrás elevou o preço do GLP em 4,5%, aumento que se seguiu a uma alta de 12,9% em outubro. A alteração atual não se aplica ao gás destinado a finalidades industriais e comerciais.
osul
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