Os catarinenses estão atravessando a fronteira de Dionísio Cerqueira, no Oeste, para abastecer veículos em Bernardo de Irigoyen, na Argentina. A greve dos caminhoneiros chegou ao sétimo dia e boa parte dos postos de combustíveis do estado é desabastecida.
Motoristas só podem entrar no país vizinho dirigindo com o documento do carro no nome deles. Quem não tem, vai a pé. A caminhada da praça de Bernardo de Irigoyen, que divide os dois países, até o posto mais próximo é de um quilômetro.
Na Argentina, o preço da gasolina é cerca de R$ 0,20 mais caro, perto dos R$ 5. Em um dos postos argentinos o movimento aumentou 200%. O dono disse que nunca tinha visto tanta fila no local, mas que não foi oportunista.
"Continua o mesmo preço [do combustível] que estava há três dias. Não dá para tirar vantagem duma situação dos vizinhos, dos irmãos", disse o proprietário do posto Valter Feldman.
O morador de Dionísio Cerqueira, Muhamed Yusseif, foi um dos que caminhou até o posto argentino para encher um galão. "Tenho que trabalhar, levar minha mulher no trabalho e meus filhos para escola com o carro", explica.
"Já tentei de tudo, agora é indo para o lado da Argentina para tentar abastecer, né?", disse o empresário Douglas Horst, que atravessou de carro.
Do G1/SC/oestemais
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