Na manhã de hoje (11), seis vereadores vão conceder coletiva de imprensa para justificar o pedido de suspensão do mandato da vereadora que é investigada pela Polícia Federal
Desde que a Operação Manobra de Osler foi deflagrada na maior cidade do Oeste, ainda em novembro do ano passado, a vereadora mais votada e ex-secretária de Saúde, Cleidenara Weirich (PSD) está afastada da cadeira do Legislativo.
Com votação histórica de 6.371 votos, Cleidenara foi empossada em janeiro deste ano mesmo investigada pela Polícia Federal. No entanto, o Ministério Público Federal (MPF) pediu o afastamento da ex-secretária das funções públicas.
Sem poder assumir a cadeira no Legislativo, mas com posse homologada, a ex-secretária passará a ser investigada a partir de agora por uma Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) da Câmara de Vereadores de Chapecó.
Na denúncia, a ex-secretária, o marido Josemar Weirich, a secretária-adjunta Gilvana Mossi, a gerente do Cis-Amosc, Geísa Müller de Oliveira, o diretor-executivo do Cis-Amosc, Paulo Utzig e o médico Carlos Alberto Machado são acusados de formação de quadrilha, dispensa de licitação, peculato e desvio de recursos.
No âmbito da investigação da Polícia Federal, Cleidenara é suspeita de ter participado de um esquema de desvios de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), no valor de R$ 1,4 milhão.
No Legislativo
Mas na manhã de hoje, os vereadores Cleiton Fossá (PMDB), Derli Maier (PMDB), Jatir Balbinot (PDT), Neuri Mantelli, Marcilei Vignatti (PT) e Cleber Ceccon (PT) vão protocolar, na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa Legislativa de Chapecó, o pedido de cassação da vereadora.
A sustentação do pedido leva em consideração o material instruído pelo Ministério Público Federal (MPF) juntado ao processo da Manobra de Osler que aponta que a vereadora teria utilizado da função pública de ex-secretária, à época, para a coação de votos.
Embasamento
No texto de alegações finais do MPF, o procurador Carlos Humberto Prola narra trechos de diálogos da ex-secretária, em período eleitoral, em grupos de WhatsApp com médicos e funcionários da Saúde.
Ao passo em que médicos chegam a mencionar que “orientam pacientes nas consultas mesmo a votar em Cleidenara e Buligon”. O que para o Ministério Público figura com clareza o uso da máquina pública para favorecimento eleitoral.
Além disso, a argumentação dos vereadores vai levar em conta os diálogos interceptados pela PF, com o diretor da Associação Lenoir Vargas –, mantenedora do Hospital Regional do Oeste (HRO), Severino Teixeira, os quais narram a interferência da ex-secretária no cumprimento da folha de pagamento dos funcionários do hospital, mesmo quando estava afastada da função e em campanha eleitoral.
Para os vereadores há, no material instruído pelo MPF, provas de que a ex-secretária cometeu quebra de decoro parlamentar ao utilizar da função em benefício eleitoral. Os parlamentares concedem entrevista coletiva hoje, às 9h, na Câmara de Veadores.
vozdooeste
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