terça-feira, 5 de setembro de 2017

Ligação telefônica teria levado Polícia Federal a prédio onde estava dinheiro relacionado a Geddel


Na decisão da Justiça Federal que culminou em apreensão de dinheiro no 
consta que o Núcleo de Inteligências da Polícia Federal teria recebido uma informação
 por telefone apontando que, no último semestre, uma unidade do segundo andar de 
um edifício no bairro da Graça, em Salvador, estaria sendo utilizada pelo ex-ministro 
para guardar caixas com documentos. Geddel, que é ex-ministro dos governos Lula
A partir daí, foram realizados contatos com moradores do prédio, que fica na Rua 
Barão de Loreto, área nobre da capital baiana, a fim de confirmar os indícios. 
Nessas conversas, a polícia atestou que uma pessoa teria feito uso do imóvel 
para guardar “pertences do pai”, o que segundo as apurações, "provavelmete" 
se tratava de Geddel Vieira Lima, cujo pai faleceu em 10 de janeiro de 2016.
Conforme a PF, a Operação Tesouro Perdido deflagrada nesta terça tinha objetivo
 de cumprir o mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça, e após 
investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação
 Cui Bono, a PF chegou ao endereço em Salvador, que seria, supostamente, 
utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro
 em espécie.
Segundo a polícia, os valores apreendidos serão transportados a um banco
 onde será contabilizado e depositado em conta judicial.
A polícia localizou o montante na residência durante busca e apreensão autorizada
 pela 10ª Vara Federal de Brasília. Conforme a Justiça Federal, a ação faz parte de
 apurações relacionadas à prática de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro 
envolvendo a Caixa Econômica Federal.
Durante as investigações, surgiu a suspeita de que Geddel estaria escondendo
 provas de atos ilícitos no apartamento no bairro da Graça, imóvel que teria sido
 emprestado a ele pelo proprietário para que o ex-ministro guardasse pertences 
de seu pai, já falecido.
Na decisão da Justiça que autorizou o procedimento de busca e apreensão, 
documento datado de 30 de agosto, consta que: "há fundadas razões de que no
supracitado imóvel existam elementos probatórios da prática dos crimes relacionados
 na manipulação de créditos e recursos realizadas na Caixa Econômica Federal".
Um morador do edifício disse que viu quando os policiais federais chegaram
 entre 6h e 7h desta terça-feira. Eles se dirigiram para cumprir a decisão no 
egundo andar do prédio.
G1 entrou em contato com a defesa de Geddel Vieira Lima às 11h55. Por meio
 da assessoria, a informação é de que o advogado que representa o ex-ministro 
não podia falar com a reportagem no momento por estar participando de uma 
audiência em Brasília.

G1

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