Servidora foi exonerada pela prefeitura. Foto: Reprodução
A Prefeitura de Novo Machado exonerou na semana passada uma servidora municipal que trabalhava em uma unidade de saúde do município exercendo o cargo de médica. A suspeita é de que a mulher era uma falsa médica e teria usado documentos falsos para poder trabalhar. De acordo com informações as suspeitas sobre a mulher foram levantadas por funcionários da Unidade de Saúde, que estranharam alguns medicamentos receitados por ela, e também da falta de habilidade da “médica” em alguns procedimentos rotineiros e comuns para qualquer médico com formação acadêmica. Os próprios funcionários teriam denunciado a mulher para a Administração Municipal. O Jornal Sentinela entrou em contato com a Direção de Recursos Humanos da Prefeitura e também com a Secretaria da Saúde, ambos os responsáveis não quiseram dar detalhes sobre os fatos que levaram a exoneração da servidora que havia sido contratada de forma emergêncial. A Secretária da Saúde, Bibiane Raquel Glanzel, admitiu que a mulher que trabalhava como médica foi exonerada, mas preferiu não se manifestar sobre o assunto. “Nós fizemos um boletim de ocorrência na Polícia e só vamos nos manifestar depois que o caso for devidamente investigado e os fatos comprovados”, declarou Bibiane ao JS.
A Câmara de Vereadores investigou o caso, e descobriu que a médica usava um número de CRM falso. O número existe, mas de uma médica que atua no Paraná e cujo primeiro nome é mesmo da mulher que trabalhava na saúde de Novo Machado. A presidente da Câmara chegou a oferecer uma denúncia ao Ministério Público, cujo promotor Ronaldo de Almeida Arbo, esteve pessoalmente em Novo Machado para averiguar os fatos. Em sessão ordinária realizada na semana passada, vereadores da oposição criticaram o fato do Prefeito ter contratado uma médica sem ter averiguado devidamente se a mesma estava apta a exercer a função. Já os vereadores da oposição sustentaram que a Administração Municipal agiu corretamente na questão, e exonerou a servidora tão logo tomou conhecimento da denúncia.
Mais de 200 pessoas teriam sido atendidas pela médica contratada pela Prefeitura. Em se confirmando a acusação ela poderá ser indiciada por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina.
Jornal Sentinela
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