sábado, 21 de outubro de 2017

A energia elétrica poderá continuar mais cara em novembro


As contas de luz poderão seguir com bandeira tarifária nível 2 em novembro, o que gera uma cobrança adicional para os consumidores, se não houver uma melhora nas condições climáticas antes do final do mês, disse a jornalistas nessa sexta-feira o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino.
As bandeiras tarifárias geram custo extra para os consumidores quando saem do nível verde para o amarelo ou para a bandeira vermelha, que tem dois patamares.
No segundo e mais caro nível, vigente desde o início de outubro, a bandeira vermelha representa adicional de R$ 3,5 reais a cada 100 kilowatts-hora cons umidos. Também nessa sexta-feira, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) reduziu a previsão de chuvas nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste, principal região produtora de energia hídrica, para 64% da média histórica em outubro, ante 68% na estimativa da semana anterior.
Segundo especialistas, uma limitação no montante de energia que pode ser transportado pela maior linha de transmissão de eletricidade do Brasil, que leva até o Sudeste a produção de duas enormes hidrelétricas em Rondônia, Jirau e Santo Antônio, é o que deverá pressionar as contas de luz.
Embora a restrição esteja presente desde o início da operação do linhão, ela ainda não era considerada nos modelos computacionais que calculam o preço da energia – em alta pelas fracas chuvas em áreas de hidrelétricas – e guiam o acionamento das termelétricas.
Mas a partir do próximo mês a questão será considerada, após a Aneel avaliar que o problema é de “caráter estrutural”, limitando um alívio para os bolsos dos consumidores que poderia ocorrer com a chegada da temporada de chuvas nas hidrelétricas.
Os consumidores do País têm pago um adicional nas tarifas desde julho, devido a chuvas abaixo da média na região das hidrelétricas, principal fonte de geração do Brasil.
Em novembro, quando geralmente começam chuvas na região das hidrelétricas, a expectativa era de que a cobrança extra caísse para R$ 3, primeiro patamar da bandeira vermelha, ou R$ 2, com bandeira amarela, mas a limitação de transmissão pode manter a tarifa sob pressão, disse à Reuters o presidente da comercializadora FDR Energia, Erik Azevedo.
“O que vai acontecer é que, com a capacidade reduzida da transmissão, vai reduzir a energia disponível no Sudeste… se não fosse essa restrição do linhão, a gente com certeza poderia ter bandeira vermelha nível 1. Com isso, já passa para bandeira vermelha nível 2”, disse.
Criadas para incentivar uma redução no consumo quando a oferta de energia no sistema é menor, as bandeiras tarifárias geram custos maiores quando saem da cor verde para a vermelha ou amarela.A mudança de nível das bandeiras é guiada pelo custo das usinas termelétricas acionadas para atender à demanda, em complemento às usinas hídricas.
A bandeira vermelha nível 1 é acionada quando há uso de termelétricas com custo acima de R$ 422. O nível 2 da bandeira é acionado com o uso de térmicas acima de R$ 610.
osul

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