A Polícia Civil prendeu dois homens de 49 e 50 anos suspeitos de estelionato e apreendeu cerca de R$ 100 mil em notas falsas na quarta-feira (25) em Chapecó, no Oeste catarinense. Eles foram abordados no momento em que tentavam aplicar um golpe.
“O estelionato está configurado pela circunstância em que estava acontecendo, pelos objetos aprendidos, as notas falsas”, afirma o delegado João Miotto, da 2ª DP de Chapecó.
Segundo ele, um dos suspeitos teria procurado um empresário da cidade para oferecer dinheiro. Ele dizia que representava políticos de Brasília e possuía dinheiro de caixa dois e "precisava lavar esse dinheiro", ofertando dinheiro para que o empresário alavancasse sua empresa, cerca de R$ 500 mil.
"Ele precisava de um retorno, de uma espécie de garantia para fazer essa movimentação com dinheiro maior. A vítima informou que conseguiria em torno de R$ 15 mil", detalha o delegado.
Notas verdadeiras escondiam notas falsas
A negociação estaria ocorrendo desde sexta-feira (20). A polícia soube que finalizariam o negócio em um hotel da cidade e monitoraram o local, pois o empresário desconfiou e avisou a polícia.
O suspeito foi visto conversando com a vítima. Ele foi a um carro e pegou uma bolsa cheia de notas. Depois levou a vítima a outro veículo onde havia maços de dinheiro supostamente desviados do Banco Central.
Cada maço tinha em cima uma nota de R$ 100, "aparentemente" verdadeira, camuflando as notas falsas. De acordo com o delegado, havia uma etiqueta identificando que a quantidade de dinheiro totalizava R$ 100 mil.
“Na sequência, foi mudando a espécie de golpe para que conseguisse levantar algum dinheiro. Inicialmente dizia que era dinheiro desviado do Banco Central, na sequência, uma espécie de dinheiro com notas sujas que com um produto químico era lavado e transferia a cor do dinheiro verdadeiro da vítima para esse dinheiro falso e que após esse processo, as notas seriam comercializadas tranquilamente”, explica.
Enquanto um dos suspeitos estava em contato direto com a vítima, outro ficava no carro dando cobertura, segundo a polícia.
Na casa onde eles moram em Chapecó, a polícia apreendeu papéis em branco cortados no tamanho aproximado de notas de R$ 100, além de produto, supostamente usado para falsificar notas.
Os dois foram ouvidos e levados para o presídio de Chapecó. Um deles é de Chapecó e outro de Minas Gerais. "Ficaram em silêncio em boa parte do interrogatório, mas ficou demonstrado o estelionato. Um deles tinha passagens por estelionato e o outro não tem registro em Santa Catarina, porém é possível que tenha em Minas".
A polícia acredita na possibilidade de outras pessoas terem caído no golpe. "O crime de estelionato só ocorre por causa da ganância das pessoas (principalmente das vítimas) que querem ganhar vantagem, o que não ocorreu nesse caso graças a confiança da vítima na Polícia Civil", diz Miotto.
Fonte: G1/SC/wh3
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