O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina irá realizar uma votação paralela no dia das eleições municipais 2016. O presidente da Comissão de Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas, a chamada Votação Paralela, juiz Marcelo Carlin, destaca que o procedimento é uma forma de garantir a segurança do sistema de votação. “O objetivo é dar publicidade e transparência ao sistema eleitoral. O processo consiste em simular uma votação com cédulas de papel. Esses votos são transferidos, posteriormente, para a urna eletrônica. Ao final se faz a comparação entre as duas votações, que devem ter resultado idêntico”, aponta.
A votação paralela é regulamentada pelo Tribunal Superior Eleitoral e acontece em todos os tribunais regionais eleitorais do país. Segundo Carlin, para as eleições serão sorteadas quatro urnas em Santa Catarina, diferentemente do que acontecia nas eleições anteriores, quando o número de urnas auditadas era menor. “Buscamos quatro urnas, sendo que uma é da capital e as outras três podem vir de todo o estado”.
O sorteio acontecerá na manhã do sábado, dia 1º de outubro, na Sala de Sessões do TRE-SC, e é aberto ao público. Logo após o evento, os juízes das zonas eleitorais das urnas sorteadas serão comunicados para substituí-las por urnas de contingência. As quatro urnas serão levadas para o Colégio Catarinense, em Florianópolis, onde ocorrerá a Votação Paralela neste ano.
Ainda no sábado, as pessoas presentes ao sorteio serão convidadas a preencher cédulas de votação de papel, como se estivessem votando nos candidatos oficiais desta eleição. Participarão dessa etapa alunos de três escolas da Capital, além de representantes de partidos políticos. Os nomes e números dos candidatos serão reais, porque as urnas já estão configuradas e lacradas com os dados oficiais das eleições.
Após as cédulas de papel serem preenchidas, elas serão depositadas em urnas de lona, que serão lacradas e encaminhadas ao local da Votação Paralela. Ao chegaram ao local de votação, as urnas e as cédulas de votação ficarão em ambiente protegido por vigilância até o horário do início da votação do dia seguinte. O juiz Carlin acrescentou ainda que a Votação Paralela é acompanhada por uma outra auditoria externa. “Além dos servidores do TRE-SC, há uma empresa que é contratada para fazer uma auditoria externa para acompanhar todo o procedimento”.
No domingo, os votos serão inseridos nas urnas eletrônicas sorteadas por servidores da Justiça Eleitoral, com o objetivo de demonstrar que o resultado obtido pela apuração do voto de papel é idêntico ao resultado da apuração do voto eletrônico. A votação do domingo é aberta ao público e conta com os mesmos procedimentos utilizados nas eleições oficiais, incluindo a emissão da zerésima — para demonstrar que inicialmente nenhum candidato possui votos — e do boletim de urna. A Votação Paralela acontece das 8 às 17 horas do domingo, mesmo horário da votação das eleições.
oestemais
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