terça-feira, 18 de outubro de 2016

Professores da rede estadual iniciam greve no Paraná


APP Sindicato afirma que governador Beto Richa não cumpriu acordo. 

Professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná iniciaram uma paralisação, por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira, 17 de outubro. 

Com a paralisação, aproximadamente um milhão de estudantes devem ficar sem aula. 

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná - APP- Sindicato, a greve deve reunir todo o efetivo da categoria, aproximadamente 40 mil funcionários. 

De acordo com o presidente da APP Sindicato, Hermes Leão, um dos principais motivos que levou à paralisação da categoria foi o fato de o governador Beto Richa ter voltado atrás no compromisso de pagamento da data-base da categoria para janeiro de 2017. 
"O governo do Paraná já debateu conosco, já se comprometeu e não vem sustentando suas promessas, inclusive com a proposta de retirar a nossa data-base. Somos a categoria com os mais baixos salários. Será uma greve forte nas mais de duas mil escolas do Estado do Paraná", reforça Hermes Leão. 

A emenda que altera o pagamento dos servidores foi apresentada por Richa na Assembleia Legislativa do Paraná – Alep, no dia 3 de outubro e começou a ser analisada pela comissão de orçamento. 

No dia 11 de outubro o governo encaminhou para a Alep um oficio parando a tramitação da emenda. 

Três dias depois, o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli, que é líder do governo na Assembleia, afirmou que a tramitação fica suspensa até que termine a votação, no Senado Federal, da Proposta de Emenda Constitucional - PEC 241. A medida estabelece um teto para o crescimento das despesas públicas e já foi aprovada em primeiro turno. 

Os professores da rede estadual também exigem a regularização do pagamento de promoções e progressões e reclamam do atraso no auxílio refeição para alguns funcionários. 

Eles também reivindicam a equiparação dos salários de escolas. 

A penúltima greve da categoria foi realizada entre os dias 25 de abril e 9 de junho, no ano passado. Ao todo, foram 46 dias de paralisação. 


Fonte: JORNAL FRONTEIRA

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