sábado, 15 de outubro de 2016

Secretarias municipais de saúde organizam manifesto por atrasos nos repasses


Os atrasos nos repasses do governo do estado 
aos municípios estão agravando cada vez mais
 a manutenção dos serviços de saúde em Santa Catarina. 
As secretarias municipais ameaçam deixar de fazer vários 
procedimentos por causa das pendências, que já chegam
 a R$ 101 milhões em todo o estado.

Segundo o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde
 de Santa Catarina (Cosems/SC), o governo estadual não
 repassa recursos há sete meses. O órgão reuniu os 
gestores municipais da área na tarde desta quinta-feira, 
dia 13, para debater o assunto, que preocupa as administrações
 de todos os municípios catarinenses.

A reunião teve a presença do secretário de Estado da Saúde,
 João Paulo Kleinubing. O presidente do Cosems/SC, Sidnei Bellé,
 pediu a palavra e disse que só haveria a reunião se o governo se pronunciasse sobre o pagamento aos municípios. Kleinubing 
então falou das tratativas com a Secretaria de Estado da Fazenda 
e o governador, mas disse não haver previsão para os repasses.

A secretária de Saúde de Ponte Serrada, Ana Paula Lorenzet,
 esteve na reunião em Florianópolis e lamentou o cenário atual.
 “Aqui em Ponte Serrada os serviços foram mantidos até agora, 
mas frente a esta situação de descaso do estado para com os
 municípios, alguns serviços sofreram cortes. Lamento porque 
quem sofre são os pacientes”, disse.

O presidente do Cosems se reúne na Fecam nesta sexta-feira, 
dia 14, para apresentar aos prefeitos a real situação das 
secretarias municipais de saúde e inclusive a possibilidade 
do não fechamento das contas no final do mandato. Para o
 próximo dia 25 também está prevista uma mobilização dos 
secretários municipais no Centro Administrativo.

Na média dos últimos três anos, Santa Catarina figura na 22ª
 posição entre os estados brasileiros em aplicação de recursos
 próprios na saúde. Para suprir os atrasos, os municípios 
catarinenses estão gastando em média 22% em saúde, 7% 
a mais do que o mínimo constitucional (15%).

oestemais

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