As altas temperaturas, típicas do verão, fizeram com que a região Oeste de Santa Catarina registrasse um aumento significativo de acidentes com uma lagarta venenosa. Somente nos primeiros dias de janeiro, o Centro de Informações Toxicológicas (CIT/SC) somou 12 casos, sendo 7 apenas em São Miguel do Oeste.
Um alerta emitido pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive SC) pede que a população fique atenta ao animal, da espécie Lonomia obliqua, uma vez que acidentes podem causar, além de dor e queimaduras, a morte da vítima.
– O contato com outras lagartas até provoca irritação na pele, mas essa provoca acidentes graves. Ela libera uma toxina, que pode desenvolver um quadro sério de hemorragia, podendo acarretar falência dos órgãos e levar ao óbito – explica a bióloga da Gerência Regional de Saúde de Chapecó, Deyse Angelini.
De acordo com a bióloga, o que difere a lagarta, também conhecida como taturana, de outros animais da mesma espécie são as características físicas: ela tem linhas marrom, verde e branca pelo corpo. Além disso, tem espinhos verdes que se assemelham muito a um pinheirinho.
Segundo o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina, as lagartas Lonomia obliqua podem atingir 6 centímetros de comprimento.
A recomendação da Dive é, ao ter contato com o animal, procurar imediatamente um hospital ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ainda é preciso levar o animal vivo para que possa ser avaliado e permitir a produção do medicamento.
– Somente com o animal vivo junto é que conseguimos produzir o soro antilonômico para tratar a vítima do acidente – explica Deyse.
Ao capturar o animal, a Dive recomenda que ele seja colocado em uma caixa de papelão com a ajuda de uma pinça, graveto ou pazinha. A caixa ainda deve estar bem fechada e não deve ser dado qualquer alimento à lagarta.
Animal é comum no Oeste
De acordo com a bióloga, a presença desse tipo de lagarta é comum na Região Sul do país, mas o Oeste de Santa Catarina registra uma presença maior. Ele é encontrado, principalmente, no tronco das árvores, quando desce das folhas para se alimentar, mas não ataca a população.
– A lagarta não invade residências e nem ataca. O que ocorre é que nesta época do ano as pessoas tendem a visitar campings ou áreas com vegetação, o que tende a facilitar o contato.
Sobre o caso de São Miguel do Oeste em específico, as vítimas já passam bem. A bióloga acredita que o acidente tenha ocorrido em um local com grande concentração de pessoas. Ela ressalta que também já foram registrados casos em Quilombo, Palmitos, Arvoredo e Chapecó.
Fonte: Diário Catarinense
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