A brasileira JBS, maior produtora global de carnes, realizou a primeira importação de carne bovina in natura norte-americana para o Brasil, um pequeno carregamento de 12 toneladas de picanha que vem para desenvolver um mercado premium no qual a companhia vê grande potencial no País.
A importação pela JBS de um tipo de corte que tem um apelo muito maior entre os consumidores brasileiros do que entre norte-americanos pode atingir pelo menos 150 toneladas ao mês, segundo as projeções iniciais da companhia, o equivalente a quase 10% da produção de picanha da companhia no Brasil, e um indicativo do tamanho do nicho de mercado que a empresa busca.
A picanha dos EUA, produzida a partir de um gado com origem europeia, é mais macia por ter mais gordura entremeada do que a produzida com o boi predominante no rebanho nacional, das raças zebuínas, que resulta em uma carne mais “magra”.
E vem para atender a um mercado premium, cujo valor agregado viabiliza importações, apesar da tarifa de pouco mais de 10% no Brasil, atualmente o maior exportador global de carne bovina, enquanto os EUA são os maiores produtores.
E vem para atender a um mercado premium, cujo valor agregado viabiliza importações, apesar da tarifa de pouco mais de 10% no Brasil, atualmente o maior exportador global de carne bovina, enquanto os EUA são os maiores produtores.
“O brasileiro gosta de carne, existe potencial de consumo que pode ser explorado… Acho que é um mercado que tende a crescer muito”, afirmou à Reuters o diretor técnico da JBS Carnes, Bassem Sami Akl Akl, lembrando que o negócio foi possível após os dois países firmarem, no ano passado, um acordo bilateral que permite também a exportação de carne brasileira in natura aos EUA.
Se a demanda brasileira pelo produto for boa neste primeiro momento, a importação da JBS poderia atingir até 200 toneladas por mês. A título de comparação, a JBS produz no Brasil 1.700 toneladas mensais de picanha. (Reuters)
osul
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