Superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina havia um ano, Fabrício Colombo pediu exoneração do cargo número 1 da instituição no Estado. O policial alegou descontentamento em função de mudanças nos cargos federais orquestradas pelo Palácio do Planalto e que ocorreriam em troca de votos para a aprovação da Reforma da Previdência.
Colombo deixa a função principal da PRF e volta a ser inspetor. Quem assume de forma interina a cadeira é Admar Luciano Filho. No entanto, a nomeação efetiva de um chefe para a PRF está sendo negociada por autoridades catarinenses. A exoneração do agora ex-superintendente foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira.
Antes mesmo da divulgação de trocas nas cadeiras da força policial rodoviária, Colombo afirmou que chegou a receber convites de políticos para vincular o cargo de superintendente a partidos que apoiam o atual governo federal.
— A gente já vinha sofrendo várias pressões políticas. E isso não é algo que coaduna com o que eu imagino como ideal para a sociedade. Eu acho que a polícia não pode estar vinculada a nenhum tipo de política. Para mim, pela constituição, polícia é órgão de Estado e não de governo — confirmou.
Além de Santa Catarina, a mudança na superintendência da PRF já foi sinalizada em outros Estados. No Rio Grande do Sul, o inspetor Pedro de Souza da Silva deixou o comando para dar lugar a João Francisco Ribeiro de Oliveira, indicado por um deputado do PMDB gaúcho. A alteração também aconteceu no Espírito Santo e no Mato Grosso, segundo o ex-superintende em SC.
Natural de Criciúma, Fabrício Colombro é formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez extensão em gerência policial na Universidade de Brasília e é especialista em gestão pública. Está na PRF desde 1994, onde foi chefe de divisão e presidente da comissão nacional de ética.
Fonte: Diário Catarinense/wh3
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