sexta-feira, 26 de maio de 2017

Familiares de Beira-Mar recebiam salário de quase 7 mil reais em Câmara de Vereadores no interior do Rio


Pelo menos oito familiares do traficante Fernandinho Beira-Mar foram nomeados para cargos na Câmara de Vereadores de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, entre 2012 e 2017, com salários que variam de R$ 2.500 a R$ 6.800. Desses, três permaneciam exercendo funções na atual legislatura.
Uma nona pessoa ligada ao criminoso também trabalhou na Casa no período. Segundo a Polícia Federal, que desencadeou nesta quarta-feira a Operação Epístolas, responsável por desbaratar uma quadrilha comandada pelo bandido de dentro da Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, todos eram funcionários fantasmas e não davam expediente na Câmara.
Os três nomeados que seguiam ocupando cargos na Casa são Edite Alcântara de Moraes, sogra de Beira-Mar, que trabalhava como assessora do vereador Chiquinho Caipira (PMDB), e Débora Cristina da Costa Teixeira, irmã do traficante, que ocupa posto similar no mesmo gabinete. Ambas foram nomeadas no Diário Oficial publicado em 30 de março, a contar a partir do dia 1º daquele mês, e recebiam salário de R$ 6.800 mensais – já considerando uma gratificação de 70% sobre os vencimentos.
Além delas, Thuany Moraes da Costa, filha do criminoso, era assistente de presidente de comissão, indicada pela vereadora Leide (PRB), desde o dia 1º de janeiro deste ano, com salário de R$ 4 mil por mês.
O presidente da Câmara, Sandro Lélis (PSL), afirmou,  nessa quinta-feira, que já assinou a exoneração dos três funcionários. A publicação da medida no Diário Oficial do município deve ocorrer até o fim da semana. É o nome de Lélis que aparece chancelando todas as nomeações — segundo o vereador, apenas por ele atuar como um “ordenador de despesas”.
osul

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