sábado, 20 de maio de 2017

Delator da JBS diz que pagou propina de R$ 10 milhões para Colombo



O governador Raimundo Colombo e o secretário da Fazenda, Antônio Marcos Gavazzoni, teriam recebido ao menos R$ 10 milhões da empresa JBS, segundo diretor da empresa, Ricardo Saud, em acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na delação, realizada em maio deste ano, o executivo conta que os valores, considerados pela PGR como propina, foram para a campanha de 2014. A empresa teria intenção de comprar a Casan através de um braço de construção civil da gigante do setor alimentício. Encontros entre Joesley Batista, sócio da JBS, teriam ocorrido em meados de 2013, mesma época da compra da Seara.
Em delação realizada em 5 de maio deste ano para procuradores da Lava-Jato, Ricardo Saud afirma que a JBS teria se aproximado do governo de Santa Catarina em 2013, durante o processo de venda da Seara. Na época, a empresa de alimentos foi vendida por R$ 5,8 bilhões para o grupo JBS.
Ricardo Saud menciona que o pagamento de R$ 2 milhões ocorreu no supermercado Angeloni, pelo diretor-presidente da rede catarinense de supermercados, Augusto Fretta, mas diz que o empresário não sabia que o pagamento era ilícito.
Na prestação de contas declarada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Colombo recebeu nas eleições de 2014 R$ 3.882.307,47 da JBS S/A e da Seara Alimentos. As doações foram feitas via Direção Estadual ou Distrital do partido.
A assessoria de imprensa do governador Raimundo Colombo desconhecia o conteúdo dos vídeos e disse que retornaria para a reportagem com o posicionamento oficial.
A assessoria de imprensa da Secretaria da Fazenda afirmou que estava se inteirando dos depoimentos e em breve se posicionará.

Fonte: DC

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