O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (24) que pediu ao presidente Michel Temer o emprego da Força Nacional – e não das Forças Armadas – para garantir a segurança em razão dos episódios de violência e depredação durante manifestação de protesto contra o governo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Ao anunciar a assinatura de um decreto por Temer que autoriza o uso das Forças Armadas, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que a decisão era motivada por pedido do presidente da Câmara.
Maia também afirmou que a decisão do Temer de autorizar a presença das Forças Armadas nas ruas do Distrito Federal até o próximo dia 31 de maio “é um excesso”.
O uso das Forças Armadas para a chamada GLO (garantia da lei e da ordem) foiautorizado por Temer após milhares de manifestantes ocuparem a Esplanada dos Ministérios para pedir a saída dele do governo.
Em meio ao protesto, que começou pacífico, houve tumulto e alguns manifestantes entraram em confronto com policiais. Mascaradas, algumas pessoas atearam fogo nas imediações de alguns ministérios.
“O que tiver base legal, o presidente pode tomar decisão com base em sua equipe de segurança”, disse Rodrigo Maia nesta quarta, acrescentando: “O decreto, com validade até o dia 31, é um excesso, sem dúvida nenhuma.”
Ao anunciar a decisão de Temer, o ministro Raul Jungmann disse que o presidente atendeu a um pedido de Rodrigo Maia, mas, segundo o presidente da Câmara, não foi pedida a presença das Forças Armadas, mas, sim, da Força Nacional de Segurança, vinculada ao Ministério da Justiça.
Após o pronunciamento de Jungmann, Rodrigo Maia disse ter ligado para o presidente Michel Temer para pedir que a Força Nacional apoiasse a Polícia Militar do Distrito Federal nos trabalhos relacionados à manifestação na Esplanada contra Temer, não as Forças Armadas.
No fim da tarde, o presidente Michel Temer decretou “ação de garantia da lei e da ordem” e, com isso, tropas federais das Forças Armadas passarão a reforçar a segurança na região da Esplanada dos Ministérios por uma semana.
“O ministro da Defesa veio a público dizendo que o decreto tinha sido um pedido meu. Não é verdade (…) Espero que o ministro da Defesa possa repor a verdade”, disse o presidente da Câmara.
osul
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