sábado, 19 de agosto de 2017

“Humilhada”, a advogada criticada por sua roupa promete denunciar juiz: “não vou mudar”


A advogada goiana Pâmela Helena de Oliveira Amaral promete denunciar o desembargador Eugênio Cesário na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com o argumento de que o profissional a constrangeu em uma audiência na quinta-feira (17), em Goiânia.
O juiz interrompeu o julgamento por não concordar com o modelo de roupa que a advogada usava para defender seu cliente. Inconformado, um advogado na plateia gravou um vídeo, que viralizou. A “humilhação”, como define a advogada de 33 anos, ocorreu em uma sessão no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). No vídeo, o desembargador acusa Pâmela de infringir o decoro forense. Embora estivesse usando uma peça com alças, o magistrado insistia que não poderia prosseguir com o julgamento enquanto ela estivesse vestindo uma “camiseta”.
“Podem discordar, mas nós temos um decoro forense a cumprir. Tem que estar à altura, na forma e na aparência, com o exercício dessa atividade e a senhora vem fazer sustentação oral de camiseta?”, disse ele na ocasião.
Cesário chegou a deixar a sala de julgamentos e só voltou depois que outra advogada emprestou um terno para que Pâmela pudesse vestir. “Eu fiquei estarrecida, sem entender. Não assimilei até agora”, afirmou a advogada. “Foi humilhante, vergonhoso e constrangedor o que ele me fez passar na frente dos meus colegas. A sala estava cheia de estudantes e advogados.”
A advogada pretende agora representar contra o desembargador na OAB. “Eu vou fazer uma representação formal para chegar à Corregedoria do tribunal.” Pâmela não pretende mudar seu jeito de se vestir a menos que a OAB lhe ordene. “Vou representá-lo porque espero que não aconteça com outros ou com outras o mesmo que ocorreu comigo. Eu não vou mudar minhas roupas por causa dele.” (UOL)
osul

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