segunda-feira, 31 de julho de 2017

Estiagem em SC deixa 18 pontos de rios com níveis abaixo da média

Veja no mapa da Epagri a situação dos rios em SC
A falta de chuva no mês de julho em Santa Catarina trouxe uma estiagem que começa a apresentar consequências preocupantes. Segundo dados do setor de hidrologia da Epagri/Ciram, 18 pontos de rios estão com níveis abaixo do normal. Até a metade do mês, eram nove. Os casos mais preocupantes ficam no locais onde a situação é de emergência: Forquilhinha, Concórdia, Chapadão do Lageado, São Martinho e Passos Maia. Em situação de alerta estão Rio Negrinho, Canoinhas, Meleira e Tangará. Já em situação de atenção, ficam Taió, José Boiteux, Otacílio Costa, Bocaina do Sul, São João Batista, Joaçaba, Salete, Blumenau e São Carlos.
A Epagri/Ciram justifica que o baixo volume de chuva veio em decorrência da baixar frequência de atuação dos sistema meteorológicos responsáveis pela chuva no Estado. Durante o mês de julho, apenas uma frente fria com fraca atividade passou por SC. Com isso, a chuva foi fraca e mal distribuída. Neste período, houve a presença maior de sistemas de alta pressão, como massas de ar seco e frio.
Na região Florianópolis Serrana foi onde mais choveu neste mês. O órgão diz que foram 34,2 milímetros, enquanto no Oeste ocorreram apenas 13,4 milímetros, o menor registro do Estado. A média histórica de precipitação em SC, afirma a Epagri/Ciram, varia entre 90 a 150 mm, portanto não foi atingido nem 10% dos valores médios históricos.
— Em determinadas regiões, a disponibilidade hídrica está muito próxima da vazão máxima outorgável para os usos consuntivos (como o abastecimento e usos agrícolas, por exemplo), e já é possível notar-se, em determinados rios que possuem pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), uma variação no regime hídrico dos rios monitorados devido à escassez de água — diz o órgão em texto assinado pelos meteorologistas Marcelo Martins e Erikson de Oliveira.
Pontos de calor batem recorde histórico
Outro dado preocupante é o número de pontos de calor, responsáveis por queimadas. Em julho o dado bateu recorde histórico. Desde 1998, quando se iniciou esse tipo de medição, não eram registrados tantos focos. Até este domingo, 516, contra 479 de 2016, que até então era o maior da série.
Neste final de semana, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar Ambiental precisaram voltar ao Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis. Isso porque as chamas, que tomaram conta de uma área de 20 mil metros quadrados na última quarta-feira, voltaram a arder no local. Desde então, as corporações têm voltado quase que diariamente ao parque para combater novos focos.
Focos de calor no mês de julho em SC
Foto: Arte RBS SC / Agência RBS
Agosto segue com previsão de chuva abaixo do normal
Na semana passada, o Fórum Climático Catarinense se reuniu para a reunião mensal que discutiu as condições climáticas para os próximos três meses. Segundo a técnica em meteorologia da RBS SC, Bianca Souza, O encontro revelou que o mês de agosto deve ter novamente chuva abaixo do normal. Por isso, a situação de estiagem deve continuar. A boa notícia é que em setembro e outubro as chuvas devem ser mais frequentes, com aumento de volume em SC.
Diariocatarinense/wh3

Conta de luz deve ficar mais cara em agosto, segundo gerente regional da Celesc


A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) anunciou no último fim de semana um reajuste de 6,08% nos serviços de água e esgoto em Santa Catarina. De acordo com o Diário Catarinense, os novos preços, entretanto, passariam a valer somente a partir do dia 21 de agosto. O novo acréscimo, segundo a Casan, virá para "amenizar o desequilíbrio econômico-financeiro". Procurado pela reportagem, o gerente da Casan de São Miguel do Oeste, Amauri Salles, preferiu não se manifestar sobre o assunto. Ele justificou que as unidades na região ainda não haviam sido notificadas sobre o suposto reajuste.
Outra fatura que deve registrar aumento a partir de agosto é a da energia elétrica. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste o motivo é a falta de chuvas. Com os reservatórios secos no mês de julho, aumenta a necessidade de uso de energia gerada por termelétricas, elevando o custo de produção de energia no país. Com isso a cobrança extra, chamada de bandeira vermelha, deve voltar em agosto. Em Santa Catarina, passa a vigorar no dia 22 de agosto a nova tarifa da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) pelos próximos 12 meses. 
O gerente regional da Celesc, José Reinaldo Volkweis, explica que a estimativa é de um aumento de 4% a 6%. A justificativa é uma dívida bilionária com transmissoras de energia elétrica. “A alta desse ano é praticamente toda para pagar indenizações das transmissoras de energia em função de perdas que elas tiveram em 2012, com a medida provisória 579, editada pelo governo federal. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconheceu uma dívida de R$ 7 bilhões nessa conta e que agora passa a ser cobrada. Esse reajuste entrará no caixa da empresa e será todo ele repassado às transmissoras para pagar essa dívida que ficou pendente no sistema elétrico brasileiro desde 2012”, justifica.
Ainda de acordo com o gerente regional, o reajuste ocorre sempre no dia 22 de agosto de cada ano e visa o equilíbrio econômico e financeiro da concessão da distribuidora. Volkweis explica que o reajuste é composto de duas partes: a parte não gerenciável pela Celesc, que corresponde a 85%; e a gerenciável pela companhia, que corresponde por 15%. “A transmissão de energia, a geração, a compra de energia e os encargos setoriais estão nos custos não gerenciáveis. E a parte gerenciável são suas despesas operacionais e seus investimentos que são reconhecidos pela Aneel. De cada R$ 100 que entra no nosso caixa, ficamos com R$ 13,70 que é a parte de responsabilidade nossa. O restante passa para as partes de transmissão, geração, impostos”, explica.
Volkwies reconhece que a bandeira vermelha pode voltar a encarecer a conta de energia elétrica no mês que vem. “No mês de julho vigorou a bandeira amarela que estabelece o adicional de R$ 1,50 a cada 100kw/h. A Aneel, no ultimo dia útil de cada mês, divulga a bandeira para o mês subsequente. Não temos previsão, mas pode alterar sim para a bandeira vermelha, onde o adicional passaria a R$ 3 a cada 100kw/h. Isso é baseado no uso maior ou menor da geração térmica de energia”, finaliza.
Fonte: O Líder / Camila Pompeo / Marcos Lewe

Janot pede novamente ao STF prisão de Aécio Neves e seu afastamento do mandato


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu novamente, nesta segunda-feira (31), a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e seu afastamento do mandato. A prisão já havia sido negada no final de junho, individualmente, pelo ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso no STF.
Na mesma ocasião, o magistrado permitiu o retorno do tucano ao mandato, do qual estava afastado desde maio, quando estourou a Operação Patmos, baseada em delação da JBS. O novo pedido de Janot é um recurso à decisão de Marco Aurélio. Como a prisão e o afastamento já foram negados pelo ministro, o recurso será analisado pela Primeira Turma da Corte, formada também pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Ricardo Lewandowski.
Aécio é acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Segundo as investigações, ele teria pedido e recebido R$ 2 milhões da JBS e atuado no Senado e junto ao Executivo para embaraçar as investigações da Lava Jato. (AG)
osul

Governo do Estado suspende pagamento da dívida com a União e requer medida cautelar ao Supremo


O governo do Estado suspendeu o pagamento da parcela deste mês da dívida com a União, com vencimento nesta segunda-feira (31), e requereu a concessão de medida cautelar ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que as prestações mensais não sejam cobradas. O requerimento inclui também que, mesmo não pagando as parcelas, a União não bloqueie valores nas contas do Estado e não inscreva o Rio Grande do Sul em cadastros de inadimplência – como Causc, Siaf, Cadin e Concov.
Além disso, requer que não seja tomada nenhuma medida restritiva contra o Estado (decorrente do contrato 14/98/STN/Coafi), que não sejam executadas contragarantias de empréstimos, garantias ou outros contratos celebrados em data anterior ao ajuizamento da ação e que sejam restituídos os valores eventualmente bloqueados nas contas do Estado depois do dia 31 de julho deste ano.
O pedido do Estado fundamenta-se em cinco elementos: o agravamento da crise financeira, que chegou ao limite neste mês de julho; o fato de que o agravamento ocorreu apesar de todos os esforços para sanar as finanças públicas; o risco concreto de efeitos irreparáveis à prestação dos serviços públicos essenciais caso a medida cautelar não seja concedida neste momento; a necessidade de concretização das normas constitucionais que estabelecem o federalismo cooperativo; e a necessidade de aplicação, neste caso, dos fundamentos adotados na ação cível originária 2.981, que concedeu medida cautelar semelhante ao estado do Rio de Janeiro.
Segundo o governo, a insuficiência de recursos do mês de agosto será de R$ 952,3 milhões, o que significa que o Estado não terá como efetuar o pagamento da folha do mês de agosto. Essa situação deverá se repetir nos próximos meses, já que o déficit projetado para dezembro é de aproximadamente R$ 3,5 bilhões.
A parcela que deixará de ser paga equivale a mais de R$ 140 milhões, que serão transferidos à folha de pagamento dos servidores do Executivo. Nesta terça-feira (1º), serão depositados mais R$ 450 dos salários e, com os R$ 650 já pagos, ficam cobertos 13% da folha.
osul

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Polícia prende chefe de esquema de caminhões e cargas


 Polícia prende chefe de esquema de caminhões e cargas 
As polícias Civil do Paraná e Santa Catarina desmantelaram, nesta semana, uma quadrilha especializada em roubo de caminhões e desvio de cargas. Um dos cabeças do esquema é da cidade de Riqueza. 

 Segundo informações da polícia, o acusado adquiriu diversos caminhões e semirreboques utilizando documentos falsos. Estes mesmos veículos eram utilizados para transportes de cargas que depois eram desviadas. 

 Segundo a investigação, alguns dos caminhões e semirreboques estavam em nome de Jorge da Silva, nome falso utilizado por Jorge Antônio Silva, que criou documentos expedidos pelo instituto de identificação do Rio de Janeiro(RJ), para reconhecer firma em diversos Cartórios da região sul e aplicar golpes na praça. Silva ainda está foragido. 

 Ivano Azolini, que residia em Riqueza, foi preso em Guaíra (PR), junto com um caminhão e um semirreboque adquirido pelo esquema de falsificação de documentos. Ainda foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de Jorge Antônio Silva, em Riqueza (SC) e na residência de outro envolvido no esquema. Esses dois estão foragidos. 

 Diligências continuam sendo realizadas para cumprir os mandados de prisão restantes e conclusão do procedimento. 
Portal Tri


Roubo de cargas pelo país impacta a economia de SC


A criminalidade do Rio de Janeiro está impactando também na economia de Santa Catarina. O presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e vice-presidente para o agronegócio da Fiesc, Mário Lanznaster, diz que a cooperativa teve 65 cargas roubadas nos últimos 12 meses por quadrilhas que atuam nas rodovias. Foram levados 362 mil quilos de aves e suínos, totalizando um prejuízo de R$ 2,53 milhões.
Metade das ações foram no Rio, com 32 cargas saqueadas; Outras 20 foram em São Paulo, três na Bahia, quatro em Minas Gerais, duas em Santa Catarina, três no Paraná e duas no Mato Grosso do Sul.
A situação é tão grave que que as empresas que enviam produtos e mercadorias e as transportadoras que trafegam pelas estradas do Rio de Janeiro avaliam a possibilidade de suspender as operações se a situação não for resolvida. Com os cortes anunciados no orçamento da Polícia Rodoviária Federal, o cenário é ainda mais preocupante. Até mesmo para gigantes do setor com a Aurora.
O roubo de cargas causou um prejuízo de mais de R$ 6,1 bilhões em todo o Brasil, de 2011 a 2016. Foram 97.786 ocorrências desse tipo no país neste período, segundo os dados de um estudo sobre o impacto econômico do roubo de cargas o Brasil, divulgado pelo Sistema Firjan neste mês.
progresso.am

O INSS convocará um milhão de aposentados por invalidez para fazerem perícia


A segunda fase do pente-fino do INSS — para aposentados por invalidez com mais de 55 anos de idade e 15 anos de benefício — vai começar entre fim de agosto e começo de setembro. A estimativa do Ministério de Desenvolvimento Social é de que após a conclusão do levantamento de dados de segurados em auxílio-doença o instituto enviará as primeiras cartas a aposentados por incapacidade para fazer perícias médicas. O presidente do INSS, Leonardo Gadelha, confirmou o início das novas convocações.
De acordo com o ministério, serão chamados 1,04 milhão de aposentados por invalidez em todo o País para agendar perícia nas agências do INSS. Inicialmente, o pente-fino abrangeria um total de 1,175 milhão de segurados. Mas devido à alteração da legislação que implementou o programa, a idade de quem deixaria de ser convocado baixou de 60 para 55 anos e 15 anos de recebimento do benefício.
Daí a diferença de mais de 170 mil pessoas que ficarão de fora. Ao receberem a correspondência, os segurados terão cinco dias úteis para agendar a perícia pela central de atendimento 135.
Atualmente, o INSS está convocando beneficiários do auxílio-doença com 60 anos ou mais. De acordo com o MDS, as revisões são feitas de acordo com a capacidade das agências e, assim que as perícias de auxílio acabarem, aposentados por invalidez serão convocados. Segundo o ministério, no Estado do Rio, 39.901 cartas foram enviadas para segurados em auxílio- doença de um público-alvo total de 41,1 mil.
O governo estima economizar R$ 2,6 bilhões por ano apenas com os cancelamentos de 159.981 mil auxílios-doença. De acordo com a pasta, até 14 de julho foram feitos 199.981 exames. Outros 20.304 foram cancelados pelo fato dos beneficiários não terem comparecido às agências.
A expectativa é de que a economia seja maior com a conversão de 31.863 benefícios em aposentadoria por invalidez; 1.802 em auxílio-acidente; 1.058 em aposentadoria por invalidez (com acréscimo de 25% no valor do benefício). Há ainda 5.294 pessoas encaminhadas à reabilitação profissional.
Queda de braço coloca revisão em risco
Uma polêmica entre os médicos peritos e o governo coloca o pente-fino em risco. O pivô do atrito foi a sanção da Lei 13.464. No texto publicado no Diário Oficial da União do dia 11 deste mês foi vetada a restrição da categoria em conceder benefícios previdenciários e assistenciais, bem como a emissão de pareceres médicos. A ANMP (Associação Nacional de Médicos Peritos) reivindicava que esses pareceres fossem obrigatoriamente de competência dos peritos do INSS.
Na prática isto significa que a atribuições desses servidores poderão ser exercidas por outros profissionais.
Em sua página na internet, a ANMP afirma que a publicação da lei “vetou dois dispositivos fundamentais para a carreira e que haviam sido pactuados com o Ministério de Desenvolvimento Social — foi uma traição do governo”. Ainda segundo a publicação, o primeiro deles trata da exclusividade para exercer atividades inerentes à carreira de perito. O segundo elimina a terceirização da atividade por meio de perícias com médicos do SUS.
A associação ameaça o instituto ao afirmar que “ou o governo entende que precisamos ser reconhecidos como carreira de fato, ou que fique com os credenciados e seus atestados falsos do SUS”.
osul

Contas de luz terão bandeira vermelha em agosto e valor da taxa extra sobe


A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou nesta sexta-feira (28) que durante o mês de agosto vai vigorar a bandeira tarifária de cor vermelha, patamar 1. Isso significa que vai aumentar para R$ 3 o valor da taxa extra cobrada para cada 100 kWh de energia consumida. Ao longo do mês de julho, vigorou a bandeira amarela, que implica na cobrança de R$ 2 para cada 100 kWh consumidos.
A evolução das cores da bandeira aponta que o custo de produção de energia no país subiu. Isso ocorrer porque a falta de chuvas reduziu o armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas, que passam a produzir menos eletricidade.
Para compensar a queda na produção das hidrelétricas, o governo aciona mais termelétricas. Entretanto, essas usinas geram energia mais cara, por meio da queima de combustíveis como óleo e gás natural. (AG)
osul

O governo federal estuda elevar a contribuição previdenciária dos servidores públicos


O Orçamento federal de 2017 prevê receitas de R$ 40,5 bilhões que podem não entrar no caixa até o fim do ano, porque dependem de negociações difíceis no Congresso ou seriam obtidas com leilões de concessão e privatização ainda incertos. Por isso, sob risco de apagão fiscal, o governo começou ontem a discutir com líderes da base aliada no Congresso maneiras para reduzir despesas e elevar a arrecadação. No cardápio de opções, estão a elevação da contribuição previdenciária dos sevidores federais de 11% para 14%, o aumento de outros impostos além do PIS/Cofins sobre combustíveis; mais cortes de gastos e a própria ampliação do déficit primário de 2017, cuja meta é um rombo de R$ 139 bilhões.
O governo está preocupado particularmente com o fim da desoneração da folha de pagamento de diversos setores e o programa de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis), medidas que estão sendo desfiguradas pelo Congresso. Além disso, não tem firmeza sobre quanto pode levantar com concessões e privatizações. Se nas áreas de petróleo e gás há chance de leilões competitivos e boa arrecadação, há imbróglios como o embate jurídico em torno das quatro usinas da Cemig, avaliadas em R$ 11 bilhões. Por isso, integrantes do governo admitem internamente a necessidade de mexer no Orçamento ou rever a meta fiscal, classificada como “muito ousada”, segundo um auxiliar do presidente Michel Temer.
O martelo será batido em agosto, durante a preparação da proposta orçamentária de 2018 a ser enviada ao Congresso. Na ocasião, o governo decidirá ainda se vai mesmo adiar ou cancelar os reajustes prometidos aos funcionários públicos e outras medidas de corte de despesas, além do aumento de impostos.
Segundo um interlocutor do Planalto, pessoalmente, o presidente é a favor da revisão da meta fiscal, mas tem cedido aos argumentos do ministro da Fazenda, que não concorda com essa saída. Integrantes da ala política também pressionam pela mudança.
Em uma reunião, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) conversaram com os líderes no Congresso, o deputado André Moura (PSC-SE) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), sobre a pauta legislativa. As medidas prioritárias, nesse caso, são a reoneração da folha de pagamentos, que daria uma receita este ano de R$ 2,2 bilhões, e o Refis, que permitiria o ingresso de R$ 13,3 bilhões no caixa.
O problema é que as propostas foram alteradas. Por exemplo, a desoneração da folha foi prorrogada para janeiro de 2018 e a ordem é reverter o cronograma para que a matéria passe a valer ainda este ano. No caso do Refis, o relator da medida provisória na Câmara, deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), mudou substancialmente o texto, com reduções de 99% dos juros e das multas. Isso fez com que a economia estimada pelo governo caísse para menos de R$ 500 milhões. A ideia, também, é aprovar a MP original.
“No caso da reoneração, pelo texto do relator, seria apenas em 2018, mas vamos trabalhar para que haja efeito já em 2017. Não queremos cortes (no Orçamento), mas eles são necessários. Nosso maior problema hoje é aumentar a arrecadação”, resumiu André Moura.
Já as concessões somam R$ 25 bilhões, incluindo a privatização, em setembro, da Lotex, que é a loteria instantânea da Caixa Econômica, que poderia render aos cofres públicos R$ 1 bilhão. Outras receitas com as quais o governo conta e estão certas são R$ 2 bilhões em precatórios (recursos de ações perdidas pelo governo na Justiça que não foram recolhidos pelos autores) e outros R$ 3 bilhões com o programa de repatriação de recursos. (AG)
osul

Copa do Agricultor é realizada em Coronel Martins




A 12° edição da tradicional Copa do Agricultor foi realizada na última terça-feira (25), em Coronel Martins na comunidade da Linha Caravagio. Aproximadamente 500 pessoas participaram do evento que teve disputa de diversas modalidades esportivas, além de almoço comunitário.
O Coordenador do Sintraf e presidente da Comissão Organizadora da copa, Edimarcos Smaniotto, destacou o evento como positivo. “Quero parabenizar toda a equipe que se envolveu para realizar este evento. Foi uma festa muito bonita em homenagem o dia do agricultor que demonstra a importância dessa classe trabalhadora”.
Nesta edição, a Copa do Agricultor voltou a ser realizada em conjunto com entidades do município e com o apoio do Governo Municipal. “A situação financeira de nosso município acabou por tornar a realização da Copa um grande desafio, mas graças as parcerias que foram feitas com as entidades de nosso município superamos algumas dificuldades tornando possível o evento” destaca o vice-prefeito e membro da Comissão organizadora, Fabiano Joton.
A copa deste ano foi realizada no interior, ao contrário da última edição que aconteceu no ano passado. “A essência desta festa é ser realizada no interior, atualmente, infelizmente, muitas comunidades não possuem estrutura ampla como a da Linha Caravagio, em especial com o campo para jogos, por isso foi a comunidade que buscamos a parceria neste ano.  Destacar também a importante contribuição da comunidade sede na realização do evento, agradecer ao presidente da comunidade o Sr. Maxímino Souza e todos da Linha Caravagio”, destaca Fabiano. 
A disputa de modalidades esportivas é o ponto forte da copa, dentre elas as mais tradicionais são o futebol masculino e feminino e o cabo de guerra. “A realização da copa além de buscar valorizar os agricultores de nosso município, busca promover a prática esportiva. Devido a dificuldade financeira de nosso município ainda não foi realizado torneio de futebol neste ano, mas é algo que já está sendo planejado e em breve teremos condições de estar realizando mais eventos esportivos”, enfatiza o diretor de Esportes e membro da Comissão Organizadora, Valdelir Bottega.
O prefeito Ade destacou durante o evento o importante papel dos agricultores para o desenvolvimento local. “A copa é um momento de diversão, confraternização, mas principalmente de valorização dessa classe trabalhadora que é base da economia de Coronel Martins. Diante das dificuldades financeiras que o Município enfrenta, foi uma festa mais limitada, mas muito bonita e isso nos deixa muito feliz, ano que vem sem dúvidas será ainda melhor e mais bonita”.
A Copa do Agricultor deste ano foi realizada pelo Sintraf do município, em parceria com a Cooper Pedra Branca, a Cresol Pedra Branca e com apoio do Governo Municipal. 

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Ministro da Fazenda Henrique Meirelles lucrou 217 milhões de reais em 2016 com consultoria, diz o site Buzzfeed


De acordo com o site de notícias BuzzFeed, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, teria recebido, três meses antes de assumir a pasta, R$ 167 milhões em contas que ele mantinha no exterior, nas quais eram depositados pagamentos de serviços de consultoria prestados a grandes empresas, entre elas a holding J&F, de Joesley Batista.
Segundo a publicação, o ministro teria recebido, ainda, outros R$ 50 milhões quatro meses depois de ter chegado ao comando da Fazenda, referentes, segundo nota do ministro, a serviços prestados antes de assumir o cargo. As informações constam de documentos públicos produzidos pela própria empresa de Meirelles, que foram registrados na Junta Comercial de São Paulo e obtidos pelo BuzzFeed.
Ainda segundo o site, as duas transações foram feitas para Meirelles a partir das contas da empresa de consultoria dele, cujo nome atual é HM&A. Nos dois casos, o objeto da empresa, até aquele momento, era assessorar grandes empresários, dar palestras e fazer investimentos.
Em nota, Meirelles esclareceu que sua empresa distribuiu dividendos em 2016 referentes aos lucros acumulados entre 2012 e 2015 e que os balanços foram auditados pela PwC (PricewaterhouseCoopers). Além disso, disse que a receita da HM&A durante o período de 2012 a 2015 foi consistente com a distribuição de dividendos feita em 2016. “Todos os valores foram declarados à Receita Federal e aos demais órgãos competentes e os tributos municipais e federais devidos foram pagos”, afirma.
Meirelles foi presidente “de uma grande instituição global” e manteve o padrão de rendimentos “consistente com sua experiência”. O ministro foi presidente do BankBoston por três anos.
Meirelles esclareceu ainda, no texto, que seu patrimônio é administrado por um gestor independente, sem “qualquer interferência” do ministro, “conforme recomendam as melhores práticas internacionais”.
De acordo com a nota, a HM&A concentrou seu trabalho em três projetos importantes do Lazard, KKR e J&F. “O objetivo do contrato firmado com o Lazard era a expansão da empresa nas Américas. Coube à HM&A orientar essa operação No caso da KKR, a empresa do ministro organizou a implantação da empresa no Brasil. Para a J&F, o trabalho foi orientar a construção da plataforma digital do Banco Original”, esclareceu. (AE)
osul.

Preço dos combustíveis sobe e caminhoneiros articulam possível paralisação


Entra ano, sai ano, muda o calendário, mas não muda a situação da maioria das classes trabalhadoras do país, especialmente a dos motoristas, principalmente, agora, com o aumento da alíquota do PIS/Cofins sobre os combustíveis. Também foi anunciado um corte de R$ 5,9 bilhões em gastos do governo, com a previsão de arrecadar R$ 10,4 bilhões, e reduzir o rombo nas contas públicas. O objetivo das medidas é cumprir a meta fiscal de 2017, fixada em um déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 139 bilhões.
Por esse motivo, caminhoneiros de todo o Brasil, preparam, para os próximos dias, uma paralisação nacional em busca de melhorias para o setor. Nas redes sociais, diversos grupos foram criados para troca de informações e a organização das manifestações. O ato estaria agendado para o dia primeiro de agosto, porém, não há nenhuma confirmação oficial.
Na internet, os motoristas pregam que a saída seria uma paralisação geral das principais rodovias em grandes centros, bloqueando a entrada de caminhões nessas cidades, com cobranças ao governo pela redução de impostos sobre os combustíveis, tabela de frete, entre outras reivindicações.
Nos últimos anos diversas greves da categoria foram realizadas, no entanto, nenhuma foi completamente atendida pelo governo, o que resultou dor de cabeça aos motoristas e, gera, agora, desconforto para conseguir apoio total da classe.
No Extremo-Oeste ainda não há informações sobre possíveis paralisações. A reportagem tenta contato com representantes da categoria para obter detalhes.
progresso.am

Tentativa de golpe deixa empresários em alerta no Extremo-Oeste


Uma tentativa de golpe tem deixado empresários de São Miguel do Oeste e região em alerta. Nesta semana, diversos estabelecimentos receberam a ligação de um suposto cliente, identificado como Marco Antônio, realizando o pedido de mercadorias para que fossem pagas através de depósito bancário.
O detalhe da negociação seria um descuido, por parte da funcionária dele, que teria cometido um engano durante o depósito no caixa eletrônico. Após efetuar o suposto pagamento, o estelionatário liga para a empresa comunicando o equívoco, solicitando a devolução dos valores a mais do que a compra realizada, alegando que a “menina” que teria feito à transação achou que os valores seriam destinados a uma única conta.
Uma empresa de São Miguel do Oeste recebeu o telefonema, porém, o empresário desconfiou da atitude do comprador e não caiu no golpe. O homem teria feito uma compra de pouco mais de R$ 500, mas acabou depositando cerca de R$ 15 mil a mais. Durante a negociação, ele chegou a enviar o comprovante de depósito, porém, acabou descoberto.
A tática usada é o golpe do envelope vazio, ou do falso depósito. O estelionatário vai ao banco, realiza um depósito sem colocar nenhum recurso, seja dinheiro ou cheque, dentro do envelope, inserindo-o vazio no caixa eletrônico. Assim, ele consegue obter um comprovante de depósito, mesmo sem utilizar qualquer quantia.
Como normalmente são necessárias cerca de 24h para que o valor seja creditado na conta do favorecido, o golpista pode apresentar o comprovante e obter o produto ou fechar o negócio, sem ter feito qualquer pagamento.
Para evitar prejuízos, os comerciantes devem tomar cuidado ao vender qualquer produto ou fechar um negócio, principalmente quando a negociação for realizada pela a internet ou telefone. A orientação é para que não seja aceito pagamentos feitos por depósito no caixa eletrônico, ou então, quando aceito, deve-se aguardar a disponibilidade dos valores.
Fonte: Rádio Progresso

Reajuste dos combustíveis vai deixar conta de luz mais cara, prevê Aneel


O aumento de tributos sobre os combustíveis determinado pelo governo federal não vai atingir o bolso dos consumidores apenas no momento de abastecer o carro. A medida também vai deixar as contas de luz mais caras a partir do ano que vem, segundo prevê a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Além da gasolina e do etanol, a alíquota de PIS e Cofins subiu para o óleo diesel: de R$ 0,21 para R$ 0,46 a cada litro. A alta impacta as contas de luz porque o diesel também é o combustível usado em parte das termelétricas que geram energia no país.
Procurado, o Ministério de Minas e Energia informou que "está estudando os efeitos do aumento de PIS/Cofins sobre combustíveis na tarifa de energia elétrica."
De acordo com o diretor da Aneel André Pepitone, o aumento deve se refletir principalmente na chamada Conta de Consumo de Combustível (CCC). Essa conta reúne recursos para bancar parte do gasto com a compra de combustível que abastece as termelétricas instaladas no Norte do país.
Apesar de a CCC beneficiar apenas estados do Norte, consumidores de todo o país contribuem para a conta. Em 2017, os brasileiros terão que pagar R$ 5,056 bilhões para a CCC, via conta de luz. Entretanto, nem todo esse dinheiro vai ser usado para a compra de óleo diesel.
A Aneel não soube informar o impacto do aumento de tributos sobre o diesel na CCC.
A rede nacional de transmissão de energia, que permite enviar eletricidade mais barata, produzida pelas hidrelétricas, de uma região do país para outra, ainda não passa por algumas partes da região Norte. Por isso, essas áreas são atendidas apenas por termelétricas, que geram energia mais cara.
Com a CCC, o governo evita que os moradores do Norte paguem tarifas de energia muita mais caras que o restante do país.
Seca também deve encarecer tarifa
E não é só o aumento do diesel que vai pesar na conta de luz. O custo da energia no Brasil deve aumentar ao longo do segundo semestre deste ano por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o que exige um uso maior das termelétricas. A avaliação é do presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos Mello.
A pedido do G1, a consultoria fez um levantamento que mostra que, entre maio e junho de 2017 o armazenamento médio dos reservatórios de hidrelétricas do país era o segundo mais baixo para o período desde 2001, quando o Brasil enfrentou racionamento de energia.
Desde então, os reservatórios só haviam ficado em situação pior em maio e junho de 2015, “ano com maior crise hídrica da década”, indicou a consultoria.
Por causa dessa situação, a consultoria espera que a bandeira tarifária fique no primeiro patamar da cor vermelha a partir de agosto e até o final do ano. Isso significa uma cobrança extra de R$ 3 a cada 100 kWh de energia consumidos.
Em julho, a bandeira tarifária em vigor é a amarela, que leva a uma taxa extra na conta de luz de R$ 2 a cada 100 kWh consumidos.
A evolução das cores da bandeira tarifária indica que o custo de produção de energia no país aumentou nos últimos meses devido à chuva abaixo do normal, que fez o armazenamento nos reservatórios cair ou subir menos que o esperado.
Quando isso acontece, aumenta a necessidade de uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara que a das hidrelétricas (as termelétricas usam combustível para produzir eletricidade). Por isso, sobe a cobrança extra da bandeira nas contas de luz.
Fonte: G1/WH3

17 são presos em operação contra grupo que abria lojas virtuais falsas em SC para dar golpes


A Operação Off-line, contra um grupo suspeito de fraudes em vendas virtuais, prendeu 17 pessoas em Santa Catarina nesta quarta-feira (26), informou o promotor de Justiça Odair Tramontim. Segundo o depoimento de um dos presos, a quadrilha aplicou golpes no total de R$ 15 milhões. Para isso, abria falsas lojas virtuais na internet.
Todos os nove mandados de prisão temporária e os sete de prisão preventiva foram cumpridos, disse o promotor. Também houve uma prisão em flagrante, após serem encontradas drogas na casa de um suspeito durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Entre os presos está o casal que liderava o esquema, conforme o promotor. Os mandados foram cumpridos em oito cidades catarinenses.
Esquema
"Eles criavam a empresa virtual em nome de laranjas e abriam contas-correntes para o depósito das compras. Eles nunca entregaram nenhuma mercadoria", explicou o promotor. Quando as lojas eram alvo de reclamações na internet e na própria polícia, o grupo criava outras. O Gaeco descobriu 19 delas, mas acredita que haja mais.
Microempreendedores individuais eram usados como laranjas para abrir conta em banco, para onde o dinheiro do site era encaminhado. Em troca, os laranjas levavam de 10% a 15% do valor depositado pelas vítimas. Como os microempreendendores individuais não podem faturar mais que R$ 60 mil por ano, logo a conta era bloqueada pelos bancos e os criminosos procuravam outro laranja e abriam outra loja virtual.
"Para mostrar aos compradores, nos últimos tempos eles alugavam salas comerciais, faziam plotagem, tiravam fotografia e divulgavam na internet, para dar aparência de que existia loja física. Eles também gravavam vídeos de supostos consumidores, diziam que a mercadoria teria sido entregue. Com esses artifícios, conseguiam enganar os consumidores", explicou o promotor.
A investigação do Gaeco começou em março, depois de denúncias feitas por algumas vítimas que procuraram o Ministério Público de Santa Catarina. A maioria dos envolvidos no esquema tem entre 19 e 24 anos. A investigação chegou até eles pelas postagens que faziam nas redes sociais, ostentando muito dinheiro, alguns com carros importados.
Fonte: G1/WH3

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Contratação de mil professores deve ser insuficiente para a rede estadual


A partir do primeiro semestre do ano que vem, novos 1 mil professores efetivos devem atuar nas mais de 1 mil escolas da rede estadual em Santa Catarina. Depois de cinco anos sem concurso público, a Secretaria de Estado da Educação vai lançar edital para contrata 600 professores para aulas nos ensinos fundamental e médio, educação indígena e para os Centros de Educação Profissional (Cedups) e outros 400 dedicados a cargos administrativos nas escolas, como assistentes educacionais, administradores, supervisores escolares e orientadores educacionais. 
As contratações darão um fôlego ao magistério estadual, mas ainda contribuem pouco para o que determina o Plano Estadual de Educação, de garantir pelo menos 80% de professores efetivos na rede estadual até 2024.
As inscrições começam no dia 14 de agosto e a divulgação dos resultados será em dezembro. A chamada dos aprovados será feita entre 11 e 13 de dezembro. Eles atuarão já a partir do primeiro semestre de 2018. Segundo o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, o maior avanço é em relação aos administradores, supervisores escolares e orientadores educacionais. 
O concurso para essas especialidades não era realizado desde 1998. Esses profissionais serão selecionados para uma carga horária de 40 horas semanais. Já para os professores que vão atuar em sala de aula, a carga horária inicial a ser contratada será de 10 horas, com exceção dos docentes das séries iniciais do ensino fundamental, que assumirão 20 horas. 
Conforme Deschamps, a carga de 10 horas será ampliada, caso o professor tenha disponibilidade de assumir mais aulas, até chegar a 40 horas, e foi adotada porque em concursos passados era comum haver incompatibilidade de horários do profissional, por já lecionar em outras redes, por exemplo. 
Os salários serão proporcionais à carga horária do contratado. Atualmente, o vencimento inicial para quem entra no magistério estadual, com graduação completa, é de R$ 2.532,07, segundo a lei complementar 668, de 2015, que estabelece o plano de carreira dos professores em Santa Catarina. Mas, conforme a lei, está previsto um reajuste a vigorar a partir de 1º de novembro deste ano, que eleva o valor inicial para R$ 2.577,02.
Essa flexibilização da carga horária, no entanto, é motivo de crítica do coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte) Aldoir Kraemer, que acredita gerar insegurança para o servidor e impactos, no futuro, no cálculo de aposentadoria, por exemplo.
Reforços ainda são pequenos perto do que determina a meta
Apesar do avanço, as novas contratações correspondem a menos de 3% do total de professores da rede e o Estado ainda está bem longe de alcançar o índice proposto pela meta 17 do Plano Estadual de Educação, que determina manter um quadro de pelo menos 80% de professores efetivos no magistério até 2024.
Conforme relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a rede estadual tem 20.959 professores contratados temporariamente contra 15.176 efetivos. Os efetivos representam nessa análise apenas 42% do contingente e vinha em queda livre desde 2014, quando representava 49%. Segundo relatório do TCE, 5.529 professores se aposentaram desde 2011. 
A secretaria, no entanto, repassou à reportagem dados de junho, que são diferentes: 18.771 efetivos (46% do total) contra 21.904 temporários.
– Embora se considere a dificuldade orçamentária e financeira do Estado, o concurso é um primeiro passo que não é suficiente sequer para a reposição das aposentadorias – avalia o conselheiro substituto do TCE, Gerson Sicca, gestor em SC do acordo entre Ministério da Educação e Tribunais de Contas do Brasil para fiscalizar os planos de educação.
Para o conselheiro, três passos são importantes para o cumprimento do plano: deve ser prioridade máxima de política de pessoal como um todo do Estado resolver a desproporção de efetivos e temporários; fazer concursos para reposição dos aposentados em menor espaço de tempo; e fazer constantes estudos de demografia para identificar se a demanda por professores se mantém.
A coordenadora do Fórum Estadual de Educação e vice-reitora de Graduação da Univali, Cássia Ferri, também avalia que o número de 1 mil profissionais ainda é muito baixo para a necessidade do cumprimento da meta 17 do plano e para a reposição do quadro. Ela questiona também se essas vagas foram determinadas a partir de estudos a fim de otimizar ao máximo as serão abertas para usá-las bem nos locais em que são mais necessárias, onde efetivamente farão a maior diferença para o conjunto do sistema.
– Por um lado a gente teme e sabe que isso não vai suprir toda a necessidade. Por outro, a gente tem que ficar feliz com a iniciativa de finalmente realizarem o concurso e, de certa forma, torcer para que essas vagas sejam utilizadas efetivamente nos locais de maior necessidade. E esperar que as coisas se reorganizem e que se possa realizar outros concursos, outros movimentos. A população e todos os órgãos de controle precisam continuar cobrando do Estado a manutenção desse esforço – analisa Cássia. 
Validade do concurso pode ser estendida até 2021
O concurso terá validade de dois anos, prorrogáveis por mais dois. Segundo Deschamps, a intenção é convocar 1 mil aprovados já para atuar em 2018 e, se as finanças do Estado permitirem, chamar os demais do quadro de reservas gradativamente até 2021. O número de vagas da reserva, no entanto, ainda não foi informado. 
O governador Raimundo Colombo afirma que o esforço é grande para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Colombo e Deschamps destacam a importância de levar em consideração também a queda no número de pessoas em idade escolar no Estado, por isso a contratação de profissionais efetivos deve ser feita de modo cauteloso, observando a demanda futura de alunos, que tem caído ano a ano.
– A gente ainda está numa faixa de 50% [de profissionais efetivos], estamos aquém do que a gente tem da meta [do Plano Estadual de Educação]. O que limitou muito a oferta de mais vagas para o ano que vem é a Lei de Responsabilidade Fiscal. A Secretaria da Fazenda e da Administração indicaram para nós que seria mais garantido abrirmos 1 mil vagas agora. Porém, com possibilidade de mais chamadas. De acordo com o desempenho que o Estado tiver ao longo do tempo, essas chamadas vão continuar ocorrendo – explica Deschamps. 
Pelas contas do coordenador estadual do Sinte, no entanto, pelo menos 70% das vagas de ACTs hoje estão relacionadas a excedentes, deixados por profissionais que se aposentaram, que precisariam ser repostos por outros efetivos. O último concurso para professores do ensino regular foi feito em 2012, com aproximadamente 5 mil professores efetivados. Os últimos professores indígenas foram contratados em 2003 e assistentes educacionais, em 2005. 
Estado promete entregar 36 novas escolas até o fim do ano
A Secretaria de Estado da Educação também anunciou nesta terça-feira a entrega de 36 unidades escolares novas até o fim do ano, oito delas já na próxima semana. Segundo o secretário Eduardo Deschamps, os investimentos feitos pelo Programa Pacto pela Educação, se aproximam de R$ 350 milhões, considerando também outras 15 unidades já inauguradas. São escolas que passaram por obras de revitalização ou têm estrutura totalmente nova.
A partir da semana que vem, com o retorno das férias de julho, nove escolas da rede estadual vão estrear no Estado o novo modelo de educação profissionalizante MedioTec, em parceria com o Ministério da Educação. 
Uma espécie de braço do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), o programa oferece para 415 alunos cursos profissionalizantes como eletroeletrônica, administração, manutenção em informática, logística, dança, hospedagem e artes circenses no contraturno escolar.
O Estado anunciou também que a rematrícula dos alunos para o ano letivo de 2018 será feita totalmente online, para evitar filas e agilizar o processo. 
Com acompanhamento do Corpo de Bombeiros, o Estado tem instalado em 888 escolas novos equipamentos de segurança contra incêndio. Serão instalados mais de 12 mil extintores de incêndio, iluminadores de emergência, placas de sinalização e itens de infraestrutura para colocar os sistemas em funcionamento, resultado de parceria entre a secretaria e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que investiu R$ 9,7 milhões, além da contrapartida do governo do Estado.
As 1.064 escolas receberão ainda no segundo semestre verbas, que totalizam R$ 4 milhões, via Cartão de Pagamento do Estado de Santa Catarina (Cpesc), para compra de materiais de consumo considerados urgentes e de pequeno valor. Outros R$ 4 milhões haviam sido repassados no primeiro semestre para agilizar o processo de compra no dia a dia das escolas.

wh3