segunda-feira, 31 de julho de 2017

Conta de luz deve ficar mais cara em agosto, segundo gerente regional da Celesc


A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) anunciou no último fim de semana um reajuste de 6,08% nos serviços de água e esgoto em Santa Catarina. De acordo com o Diário Catarinense, os novos preços, entretanto, passariam a valer somente a partir do dia 21 de agosto. O novo acréscimo, segundo a Casan, virá para "amenizar o desequilíbrio econômico-financeiro". Procurado pela reportagem, o gerente da Casan de São Miguel do Oeste, Amauri Salles, preferiu não se manifestar sobre o assunto. Ele justificou que as unidades na região ainda não haviam sido notificadas sobre o suposto reajuste.
Outra fatura que deve registrar aumento a partir de agosto é a da energia elétrica. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste o motivo é a falta de chuvas. Com os reservatórios secos no mês de julho, aumenta a necessidade de uso de energia gerada por termelétricas, elevando o custo de produção de energia no país. Com isso a cobrança extra, chamada de bandeira vermelha, deve voltar em agosto. Em Santa Catarina, passa a vigorar no dia 22 de agosto a nova tarifa da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) pelos próximos 12 meses. 
O gerente regional da Celesc, José Reinaldo Volkweis, explica que a estimativa é de um aumento de 4% a 6%. A justificativa é uma dívida bilionária com transmissoras de energia elétrica. “A alta desse ano é praticamente toda para pagar indenizações das transmissoras de energia em função de perdas que elas tiveram em 2012, com a medida provisória 579, editada pelo governo federal. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconheceu uma dívida de R$ 7 bilhões nessa conta e que agora passa a ser cobrada. Esse reajuste entrará no caixa da empresa e será todo ele repassado às transmissoras para pagar essa dívida que ficou pendente no sistema elétrico brasileiro desde 2012”, justifica.
Ainda de acordo com o gerente regional, o reajuste ocorre sempre no dia 22 de agosto de cada ano e visa o equilíbrio econômico e financeiro da concessão da distribuidora. Volkweis explica que o reajuste é composto de duas partes: a parte não gerenciável pela Celesc, que corresponde a 85%; e a gerenciável pela companhia, que corresponde por 15%. “A transmissão de energia, a geração, a compra de energia e os encargos setoriais estão nos custos não gerenciáveis. E a parte gerenciável são suas despesas operacionais e seus investimentos que são reconhecidos pela Aneel. De cada R$ 100 que entra no nosso caixa, ficamos com R$ 13,70 que é a parte de responsabilidade nossa. O restante passa para as partes de transmissão, geração, impostos”, explica.
Volkwies reconhece que a bandeira vermelha pode voltar a encarecer a conta de energia elétrica no mês que vem. “No mês de julho vigorou a bandeira amarela que estabelece o adicional de R$ 1,50 a cada 100kw/h. A Aneel, no ultimo dia útil de cada mês, divulga a bandeira para o mês subsequente. Não temos previsão, mas pode alterar sim para a bandeira vermelha, onde o adicional passaria a R$ 3 a cada 100kw/h. Isso é baseado no uso maior ou menor da geração térmica de energia”, finaliza.
Fonte: O Líder / Camila Pompeo / Marcos Lewe

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