segunda-feira, 24 de julho de 2017

Inflação para o consumidor aumenta na terceira semana de julho


O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de 0,09% na terceira semana de julho. O resultado é 0,14 ponto percentual superior à taxa registrada na semana anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo habitação (0,17% para 0,58%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -0,72% para 2,24%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos alimentação (-0,44% para -0,27%), transportes (-0,55% para -0,47%), comunicação (0,14% para 0,34%) e saúde e cuidados pessoais (0,31% para 0,34%). Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: hortaliças e legumes (-2,96% para 0,14%), gasolina (-2,43% para -1,75%), tarifa de telefone móvel (0,24% para 0,42%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,19% para 0,02%).
Em contrapartida, os grupos vestuário (0,34% para -0,14%) e despesas diversas (0,13% para 0,12%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nessas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens roupas (0,21% para -0,25%) e cartório (0,39% para 0,19%).
O grupo educação, leitura e recreação repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, 0,49%. As principais influências em sentido ascendente e descendente partiram dos itens salas de espetáculo (1,42% para 2,23%) e passagem aérea (10,34% para 5,19%).
Expectativa de inflação
Em julho de 2017, a expectativa de inflação dos consumidores para os 12 meses seguintes permaneceu estável em 6,9%, a menor desde janeiro de 2013 (6,3%). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o indicador registra recuo de 3,1 pontos percentuais.
“Mesmo com as boas notícias com relação à inflação, IPCA acumulado no ano em 1,18% e a expectativa do mercado deste ano em 3,38%, os consumidores não alteraram suas expectativas para os próximos 12 meses. Dessa forma, a tarefa de ancorar as expectativas de inflação dos consumidores em um patamar mais baixo pode se tornar difícil, considerando o aumento do PIS/Cofins para combustíveis e ainda a elevada incerteza no País”, afirmou o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV.
Neste mês, 59% dos consumidores previram uma inflação inferior ao limite superior da meta de inflação de 6%, sendo que, destes, cerca de 30% esperam que fique abaixo da meta. O aumento na frequência relativa de respostas abaixo de 6% vem ocorrendo ininterruptamente desde dezembro de 2015, entretanto esse movimento se acelerou a partir do terceiro trimestre de 2016. Entre os intervalos superiores ao teto, todos apresentaram recuo.
OSUL

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